Paul Robeson; Cantor, ator e ativista
Paul LeRoy Bustill Robeson (nasceu em Princeton, Nova Jersey, em 9 de abril de 1898 – faleceu em Filadélfia, em 23 de janeiro de 1976), ator e cantor, e ativista americano negro. Existe, na Rússia, uma montanha chamada Paul Robeson. Uma biblioteca pública, na Alemanha, leva o mesmo nome. Até pouco tempo atrás, porém, eram raros os americanos de menos de 20 anos que já tivessem ouvido falar naquele artista negro que, durante toda sua vida, lutara pelos direitos civis da “Black America”.
Nascido em Princeton, Nova Jersey, em abril de 1898, iniciou sua carreira no musical “Taboo”, em 1922, e mesmo através de sua profissão nunca deixou de ser um humanista e ativista político – recusava-se terminantemente a atuar nos papéis modestos, tradicionalmente destinados aos negros.
Seu primeiro sucesso teatral foi “Todos os Filhos de Deus Têm Asas”, em 1923. Em 1933, estreou no cinema. Em 1943, com “Otelo”, conseguiu o que seria o maior sucesso de sua carreira. Com o advento do macarthismo, durante a década de 50, seus discos foram tirados de circulação, assim como seus filmes – tornando-o um desconhecido para uma geração. Naquela época, tachado de comunista, o governo americano chegou inclusive a recusar-lhe o passaporte para sair do país. Em 1958, Robeson conseguiu o visto e decidiu morar na Europa, basicamente na Inglaterra e na União Soviética, onde concedeu inúmeros recitais com spirituals, voltando aos Estados Unidos apenas em 1963.
Robeson faleceu em 23 de janeiro de 1976, aos 77 anos, na Filadélfia.
Ele sofreu um derrame em 28 de dezembro e foi levado ao Presbyterian Medical Center. Os médicos disseram que ele sofria de um grave distúrbio vascular cerebral.
(Fonte: Revista Veja, 28 de janeiro de 1976 – Edição 386 – DATAS – Pág; 64)