Paul Virilio, arquiteto, filósofo e ensaísta, publicou o manifesto sobre a “Função Oblíqua”, que marcou um ponto de viragem na história da arquitetura francesa contemporânea

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O urbanista e filósofo francês Paul Virilio, foi ex-diretor da Escola Especial de Arquitetura

 

Urbanista e homem de ações, Virilio se distinguiu ao longo de sua vida e de suas obras por um pensamento livre e visionário

 

Paul Virilio (Paris, França, 4 de janeiro de 1932 – 10 de setembro de 2018), arquiteto, urbanista, filósofo e ensaísta francês, ex-diretor da Escola Especial de Arquitetura, se distinguiu ao longo de sua vida e de suas obras por um pensamento livre e visionário.

 

 

Virilio publicou mais de trinta ensaios e colaborou para diversas revistas e periódicos europeus. No Brasil, entre suas obras estão Velocidade e Política (1996), A Bomba Informática (1999) e Estratégia da Decepção (2000).

 

 

Homem de ações, filósofo iniciou sua carreira na década de 1970 com um pensamento centrado na velocidade, que considerava um fator essencial da organização social e do controle político. Fundou na década de 1960 o grupo Architecture Principe com Claude Parent, e publicou o manifesto sobre a “função oblíqua”, marco da arquitetura francesa contemporânea.

 

 

Pensador pioneiro e radical da aceleração do mundo, o urbanista e filósofo Virilio iniciou, na década de 1970, uma teoria centrada na velocidade, que considerava um fator essencial da organização social e do controle político, tendo fundado, no início da década de 1960, o grupo Architecture Principe, com Claude Parent, que morreu em 2016, e publicou o manifesto sobre a “Função Oblíqua”, que marcou um ponto de viragem na história da arquitetura francesa contemporânea.

 

 

Com Parent, Virilio, que dirigiu a École Spéciale d’Architecture (escola superior fundada no final do século XIX, em oposição ao conservadorismo do ensino de Arquitetura em Belas-Artes), encontra na função oblíqua (dos solos, da gestão do espaço urbano) uma solução possível para a crise das cidades, ao estabelecer “uma nova relação entre os seres humanos e seu ambiente”, subvertendo conceitos tradicionais de arquitetura.

 

 

 

Marcado pela experiência da Guerra (nasceu em 1932 em Paris), também foi filósofo da “desintegração” de territórios. Ele dizia que o mundo vivia uma “globalização dos afetos”.

 

 

Paul Virilio, nascido em Paris em janeiro de 1932, afirmava-se com um “filho da guerra total”, pois sentia-se muito marcado pela II Guerra Mundial (1939-1945), tendo assistido ao bombardeamento da cidade de Nantes, no noroeste de França, em 1943, em que, pela primeira vez, experimentou o que veio a denominar como “estética do desaparecimento”.

 

 

Analisou igualmente a desintegração dos territórios. Numa entrevista ao jornal Libération, em 2010, o filósofo disse que, na atualidade, com a expansão das redes sociais, se experimentava “uma sincronização de emoções, uma globalização dos afetos”.

 

 

Virilio publicou mais de trinta ensaios e colaborou nas revistas Spirit, Common Cause, Criticism, Traverses, Architecture of Today e Urbanismo, entre outras.

 

 

Na década de 1980, desenvolveu ações em prol dos sem-abrigo e dos marginalizados, nomeadamente no âmbito do Alto Comité para o Alojamento dos Desfavorecidos (Haut Comité Pour le Logement des Personnes Défavorisées).

 

 

“A inércia polar” (Dom Quixote, 1993), “Cibermundo: a política do pior” (Teorema, 2000) e “A velocidade de libertação” (Relógio d’Água, 2000) são obras de Virilio publicadas em Portugal.

“Ao mesmo tempo, em qualquer lugar do planeta, todos podem sentir o mesmo terror, a mesma preocupação com o futuro, ou experimentar o mesmo pânico”, afirmou então.

 

 

“Passamos pela padronização das opiniões” que, pela sua multiplicidade, foram possíveis “graças à liberdade de imprensa”. Mas a pluralidade foi dando lugar a uma “sincronização das emoções”.

 

 

“As sociedades [que]viviam numa comunidade de interesse, vivem agora um comunismo de afetos”, disse então Virilio ao jornal francês.

 

“Paul Virilio foi vítima de uma paragem cardíaca no passado dia 10. Segundo o seu expresso desejo, as exéquias realizaram-se, na mais estreia intimidade, na segunda-feira passada”, afirma a sua filha, num comunicado enviado à agência noticiosa francesa AFP, através da Fundação Cartier.

 

 

“Alguns dias antes da sua morte, ainda trabalhava com Jacques Arnould, na publicação de um livro que projetara com o seu ex-aluno, o arquiteto Hala Wardé, e numa nova exposição na Fundação Cartier”, disse a sua filha, Sophie Virilio, segundo a AFP.

 

Paul Virilio morreu em 10 de setembro de 2018, na sequência de uma paragem cardíaca, aos 86 anos,

(Fonte: https://oglobo.globo.com/cultura/livros – CULTURA / LIVROS – 18 de setembro de 2018)

(Fonte:https://www.noticiasaominuto.com/mundo – MUNDO / POR LUSA – 18 de setembro de 2018)

(Fonte: https://www.terra.com.br/diversao – DIVERSÃO – ENTRETENIMENTO – Com agências Estadão – 19 SET 2018)

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