Paulo Borges, o risadinha, um dos maiores ídolos da história do Corinthians
Em 1968 o Corinthians amargava um tabu de 11 anos sem vencer o Santos de Pelé, por exatos 22 jogos. Tinha um jogo marcado para 6 de março. O então presidente Wadih Helu foi buscar o ponta Paulo Borges no Bangu. Era a esperança de quebrar o tabu com um atacante veloz, o melhor daquela época.
Dias antes, o Santos fez proposta por Buião, também ponta-direita, do Atlético Mineiro. Wadih entrou em desespero e comprou também o Buião. E os 2 jogaram contra o Santos. Pacaembu lotado.Paulo Borges fez um gol de longe, num forte arremate de perna esquerda. Delírio. Depois, Flávio o centroavante fez o segundo e o tabu espatifou-se.
Desde essa época, até hoje, sempre fomos grandes amigos. Paulo ria por qualquer coisa, daí seu apelido de Risadinha. Poderia ter tido maior sorte na vida mas o casamento de então destruiu o ídolo e lhe consumiu o dinheiro. Ficou na miséria. Marlene, uma ex-funcionária do Corinthians lhe deu guarida. Constituiram um lar. Paulo Borges, ficou por bom tempo trabalhando na FPF, responsável pela sala de troféus. Me doia o coração vê-lo lustrando com flanelas as taças daquela sala. Mesmo nessa humilde função, tinha na sua risada gostosa e constante a marca registrada de um homem resignado e mesmo assim, feliz.
O futebol brasileiro perdeu um grande craque. O Corinthians perdeu um de seus ídolos.
(Fonte: http://drosmar.band.uol.com.br – ESPORTES – Por Dr. Osmar de Oliveira – 15 de julho de 2011)