Pagão (Santos, São Paulo, 7 de outubro de 1934 – Santos, São Paulo, 4 de abril de 1991), um centroavante técnico e hábil, foi um goleador nato, que durante sua fase envergando a camisa alvinegra do Santos Futebol Clube, marcou exatos 159 gols.
Paulo Cesar de Araújo, o Pagão. Foi o primeiro parceiro e incentivador de Pelé, com quem jogou no Santos, no final da década de 50, chegou ao Santos em 1955, vindo da Portuguesa. Pagão foi a primeira pessoa a notar que o jovem companheiro, que o humilhava nos treinamentos com dribles desconcertantes, era um gênio da bola. Com Pelé e o ponta Pepe integrou o famoso PPP – como a torcida se referia ao demolidor ataque santista.
Embora fosse o centroavante da equipe, Pagão não era um grande artilheiro, segundo os padrões da época. Com um toque de bola elegante e muita criatividade, sua vocação era o meio-campo, onde preparava a jogada para a finalização dos companheiros. “O Pagão trabalhava para mim, me colocava na cara do gol”, recordou Pelé, que por conta dessa parceria, em 1958, estabeleceu a marca até hoje inédita, no futebol do mundo, de 58 gols numa mesma competição.
No mesmo ano, Pagão marcava quinze gols, o seu recorde pessoal. Admirado pela legião de torcedores que enchia os estádios da época para ver o Santos jogar, Pagão conseguiu reunir em torno de seu nome uma unanimidade absoluta. Em 1963, transferiu-se para o São Paulo, seu último clube, e encerrou a carreira em 1967. Afastado dos gramados, trabalhava como auxiliar administrativo na Companhia Docas do Estado de São Paulo. Paulo Cesar de Araújo faleceu dia 4 de abril de 1991, aos 56 anos, de insuficência cardíaca, em Santos, São Paulo.
(Fonte: Veja, 10 de abril de 1991 – Edição n° 1177 ANO 24 N° 15 – DATAS – Pág; 65)