Paulo Setúbal, advogado, jornalista, ensaísta, poeta e romancista.

0
Powered by Rock Convert

Paulo Setúbal (Tatuí, SP, em 1º de janeiro de 1893 – São Paulo, SP, em 4 de maio de 1937), advogado, jornalista, ensaísta, poeta e romancista, terceiro ocupante da Cadeira n° 31 da Academia Brasileira de Letras, eleito em 6 de dezembro de 1934, na sucessão de João Ribeiro, nasceu em Tatuí, SP, em 1º de janeiro de 1893, e faleceu em São Paulo, SP, em 4 de maio de 1937.

Órfão de pai aos quatro anos, mudou-se com a família para São Paulo, e foi no Ginásio Nossa Senhora do Carmo, dos irmãos maristas, que Paulo Setubal começou o interesse pela literatura e pela filosofia. Leu Kant, Spinoza, Rousseau, Schopenhauer, Voltaire e Nietzsche.

Na literatura, influenciou-o sobretudo a leitura de Antero de Quental e Guerra Junqueiro, clara influência de seu primeiro livro de poesias, “Alma cabocla”.

Era a época da campanha civilista quando foi procurar emprego no diário A Tarde, enquanto cursava a Faculdade de Direito. A publicação de uma de suas poesias no jornal deu-lhe notoriedade imediata, e ele ganhou sua primeira coluna.
A saúde precária, com os primeiros sinais da tuberculose, o obrigaria a freqüentes interrupções no trabalho, para repouso.

Advogado bem-sucedido, iniciou sua produção literária especializado no romance histórico, que escrevia de maneira a tornar agradável a leitura, longe dos academicismos, o que o levou a ser o escritor mais lido do país com A marquesa de Santos (1925) e O príncipe de Nassau (1926).

A série de livros sobre o ciclo das bandeiras, começando em 1933 com O ouro de Cuiabá e encerrando dois anos depois com O sonho das esmeralda, levantava o orgulho paulista na fase pós-Revolução constitucionalista de 1932.

Na definição do poeta Cassiano Ricardo, que o sucedeu na Cadeira 31,“quando o chão brasileiro ainda estava povoado de napéias, hamadríadas, nereidas e egipãs, ele já se havia colocado ao lado dos sacis, dos juruparis, das uiaras e dos caaporas. O romancista histórico surgiu, pois, com a sua posição definida. Num momento muito claro de afirmação brasileira”.

Em 1935, Paulo Setúbal, ao mesmo tempo em que chega ao apogeu com a eleição para a Academia Brasileira de Letras, entra em profunda crise existencial, que terá repercussão em sua literatura.

Ele, que era expansivo e frequentador de festas, passou a freqüentar a igreja da Imaculada Conceição, a ler a Bíblia e livros como a Psicologia da fé e A imitação de Cristo. É quando escreve o Confíteor, livro de memórias, a narrativa de sua conversão, que ficou inacabado.

(Fonte: http://extra.globo.com/noticias/brasil – Notícias Brasil/ Por Merval Pereira – 24/09/11)

Powered by Rock Convert
Share.