Pela primeira vez, Espanha terá um governo majoritariamente feminino
Pela primeira vez a Espanha tem um governo majoritariamente feminino
Espanha tem primeiro governo majoritariamente feminino
Ao apresentar dia (6) os nomes do novo governo, o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, 46 anos, surpreendeu ao nomear 11 mulheres e seis homens, entre eles um astronauta. Para as principais pastas, foram nomeadas mulheres: Nádia Calviño Santamaría, no Ministério de Economia e Empresa; Margarita Robles Fernández, para a Defesa; e María Jesús Montero Cuadrado, para chefiar a Fazenda.
Gabinete do primeiro-ministro Pedro Sánchez, formado por 11 mulheres e seis homens, presta juramento diante do rei Felipe 6°. Executivo espanhol é o mais feminino da história do país e da União Europeia.
Os 17 ministros e ministras que formam o governo do socialista Pedro Sánchez tomaram posse nesta quinta-feira (07/06), diante do rei Felipe 6°. O novo gabinete é formado por 11 mulheres e seis homens: o Executivo mais feminino da história da Espanha e da União Europeia (UE).
É a primeira vez que a Espanha tem um governo predominantemente feminino. Socialista e declaradamente ateu, Sánchez inovou desde sua posse dia 2 de junho, quando optou por não fazer o tradicional juramento sobre os símbolos cristãos.
Sánchez se disse comprometido com a igualdade de gênero de maneira inequívoca. “O que inclui mais mulheres do que homens, pela primeira na história de democracia espanhola, com o peso das responsabilidades econômicas sobre as mulheres e coloca as políticas de igualdade como foco da ação de governo”, ressaltou.
Em seguida, o primeiro-ministro sintetizou o que planeja para seu governo: “Ser um fiel reflexo do melhor da sociedade que aspiramos servir, que é paritária, intergeneracional, aberta ao mundo e com apoio de uma União Europeia comprometida socialmente e altamente qualificada.”
Sánchez ressaltou também que vai atuar para fortalecer o bloco econômico, fragilizado com a decisão do Reino Unido de abandonar o grupo.
O novo primeiro-ministro substitui Mariano Rajoy, que deixou o governo sob escândalo de corrupção e após ter o nome aprovado por uma moção de censura. Na quarta-feira (06/06), Rajoy afirmou que deixará a vida política.
Assim como Sánchez, os ministros romperam com a tradição de prestar juramento sobre a Bíblia e renunciaram a símbolos religiosos na cerimônia, realizada no palácio de La Zarzuela, em Madri.
A primeira ministra a assumir o cargo foi a de Justiça, Dolores Delgado, que logo em seguida assumiu o posto de tabeliã da cerimônia, na presença de Sánchez. Em seguida, foi a vez de Carmen Calvo, que será ministra da Igualdade.
Carmen assumiu o desafio de levar a política de igualdade aos departamentos ministeriais do novo governo. “Faremos políticas sempre olhando para a melhoria dos direitos da metade da população, as mulheres”, afirmou, em entrevista antes da posse.
O novo governo espanhol é formado por técnicos com uma média de idade de 54 anos, o que lhe da uma solidez que poucos acreditavam inicialmente. Mulheres foram escolhidas para comandar ministérios importantes, como Defesa e Economia.
Sua composição o torna o Executivo da UE com a maior proporção de ministras, passando a Suécia, que possui 12 mulheres e 11 homens no comando de ministérios. Quando apresentou a sua equipe, Sánchez sublinhou que o seu governo era um “fiel reflexo” do movimento feminista que germinou há três meses e marcou “um antes e um depois” na sociedade espanhola.
Um dos nomes mais inesperados escolhido pelo premiê foi o de Pedro Duque, um astronauta que viajou duas vezes ao espaço (1998 e 2003) e que será o novo ministro da Ciência, Inovação e Universidades.
Com minoria parlamentar, o governo depende da margem de manobra que será permitida pelo Podemos, os nacionalistas bascos e os separatistas catalães, entre outros partidos regionais para aprovar medidas. Todos estes partidos se uniram ao Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) para aprovar a moção de censura que derrubou o governo do conservador Mariano Rajoy.
Sánchez se tornou premiê por uma peculiaridade da Constituição espanhola, que visa evitar vácuos de poder: o autor de um pedido bem-sucedido de moção de censura pode ser nomeado novo chefe de governo.
(Fonte: Deutsche Welle – NOTÍCIAS / MUNDO – EUROPA – 07.06.2018)
(Fonte: https://istoe.com.br – EDIÇÃO Nº 2528 – Agência Brasil – GERAL – 06/06/18)