Pela primeira vez na história as ondas gravitacionais previstas na Teoria da Relatividade de Albert Einstein foram detectadas de maneira conjunta pela rede global

Após EUA, Itália detecta ondas gravitacionais pela primeira vez

Fenômeno foi capturado pelo observatório Virgo, perto de Pisa

 

 

Pela primeira vez na história, as ondas gravitacionais previstas na Teoria da Relatividade de Albert Einstein foram detectadas de maneira conjunta pela rede global criada para escutá-las, um grupo de observatórios que inclui o projeto europeu Virgo, situado na cidade italiana de Cascina, perto de Pisa.

 

Até então, o fenômeno havia sido visto apenas pelos dois detectores do Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro Laser (Ligo, em inglês), localizados em Livingston (Louisiana) e Hanford (Washington), nos Estados Unidos. Mas essa é a primeira vez que o Virgo, fruto de uma parceria entre Itália e França e que colabora com o Ligo, também detecta as ondas.

 

A descoberta foi anunciada na quarta-feira (27/09), durante a cúpula dos ministros de Ciências do G7, que acontece nos arredores de Turim, no norte italiano. “A primeira detecção de uma onda gravitacional por parte de todos os três interferômetros representa um extraordinário sucesso de um virtuoso exemplo de colaboração em escala global”, comemorou o presidente do Instituto Nacional de Física Nuclear (INFN) da Itália, Fernando Ferroni.

 

O sinal das ondas gravitacionais foi detectado em 14 de agosto de 2017, apenas duas semanas depois de o Virgo ter colocado em funcionamento o maior captador desse tipo de fenômeno já construído em todo o mundo.

 

As ondas foram emitidas no momento final da fusão entre dois buracos negros com massas 35 e 25 vezes maiores que a do Sol, respectivamente. A união gerou um buraco negro equivalente a 53 vezes o tamanho de nossa estrela. “Essa extraordinária conquista da física é, para nós, um motivo de grande satisfação”, disse a ministra da Educação e da Pesquisa da Itália, Valeria Fedeli.

 

Segundo o coordenador científico do Ligo, David Shoemaker, o sucesso da colaboração com o Virgo deve proporcionar novas descobertas do tipo “a cada semana” a partir do segundo semestre de 2018.

 

Previstas por Einstein há mais de 100 anos, as ondas gravitacionais foram detectadas pela primeira vez em setembro de 2015, mas apenas pelo Ligo, e são ondulações no tecido do espaço-tempo provocadas por eventos cósmicos violentos, como a fusão de buracos negros. Mal comparando, é como atirar uma pedra em uma lagoa.

(Fonte: http://noticias.band.uol.com.br/mundo/noticias – NOTÍCIAS – MUNDO – Da Ansa – 27/09/2017)

 

 

 

Itália estreia maior detector de ondas gravitacionais

 

Versão atualizada tem capacidade 10 vezes maior de analisar fenômeno

 

 

Começou a funcionar nesta terça-feira em Cascina, na Itália, o Super Virgo, o maior captador de ondas gravitacionais já produzido. Considerado uma versão melhorada do Virgo, que é um interferômetro projetado para detectar as movimentações, ele faz parte do Observatório Gravitacional Europeu (EGO), onde a Itália participa com o Instituto Nacional de Física Nuclear (INFN).

 

O Super Virgo trabalha em conjunto com as duas antenas do detector norte-americano LIGO, que estão localizadas em Livingston e Hanford. E os três funcionarão em conjunto até o dia 25 de agosto, quando devem passar por manutenção. O próximo passo do projeto, segundo os especialistas, é ampliar o número de antenas com uma rede que terá bases no Japão e na Índia.

 

Grande conquista

 

Para Gianluca Gemme, responsável pelo experimento, o funcionamente da Super Virgo é uma grande conquista para as pesquisas no setor. “Marca um grande passo em frente para o programa de pesquisas sobre ondas gravitacionais, estamos finalmente prontos para coletar novos dados e estamos ansiosos para analisá-los”, comentou.

 

Já o coordenador do projeto da Super Virgo, Giovanni Losurdo, diz que é possível comparar a introdução do equipamento com a criação do telescópio de Galileu Galilei. “Com a Super Virgo em funcionamento, temos uma rede mundial de reveladores de ondas gravitacionais. Esperamos novas e importantes descobertas nos próximos anos”, concluiu.

(Fonte: http://noticias.band.uol.com.br/tecnologia/noticias – TECNOLOGIA – NOTÍCIAS – Da Ansa – 1/08/2017)