Percival Borde, dançarino, professor, coreógrafo
Percival Sebastian Borde (31 de dezembro de 1922 – 31 de agosto de 1979), dançarino, coreógrafo e professor.
Borde foi um grande expoente da dança negra de concerto desde o final dos anos 1950, quando ele começou a se apresentar com Pearl Primus. Ele viajou pelos Estados Unidos, Europa e África com a companhia de dança étnica Primus ‐ Borde e foi visto na televisão e no show da Broadway “Mister Johnson”.
Em 1958, John Martin, crítico de dança do The New York Times, o descreveu como “um excelente dançarino, fisicamente bonito e cheio de vida. Ele é leve e de fácil movimentação, com força, admirável controle e autoridade. As danças que executa abrangem uma grande variedade de estilos – desde os cerimoniais do gigante Watusi da África, às danças de trabalho e diversão do Caribe, com uma lenda poética asteca em boa medida. Ele tem uma dignidade pessoal e uma elegância de enorme valor para um artista que lida com aquelas criaturas mais dignas e elegantes, os primitivos.”
Percival Borde, natural de Trinidad, formou-se no Queens Royal College Annex nas Índias Ocidentais e fez extensa pesquisa nas culturas das Índias Ocidentais, Caribe e África.
Ele também foi um professor respeitado de formas de dança africana e caribenha, trabalhando na escola Primus ‐ Borde, no programa de enriquecimento cultural das escolas públicas da cidade de Nova York e com crianças da área de pobreza em um projeto patrocinado conjuntamente pela Fundação Harkness e Universidade de Nova York. Ele criou e dirigiu programas chamados “The Talking Drums” e “Drums of the Caribbean”, que fizeram turnês pelos Estados Unidos. Em 1969, foi coreógrafo residente da Negro Ensemble Company, para a qual coreografou o musical “Man Better Man”.
Percival Borde deu palestras e se apresentou em festivais como o Caribbean Arts Festival em Porto Rico, o Virgin Islands Festival of Arts em St. Croix, e no Jacob’s Pillow Dance Festival em Lee, Massachusetts.
Sarcasmo Bem-humorado
Em 1959‐60, ele e Percival Primus foram os primeiros diretores do Centro de Artes Cênicas de Monróvia, Libéria. O Sr. Borde também foi diretor executivo do Pearl Primus Dance Language Institute em New Rochelle, NY, onde o casal morava. Ele lecionou na School of the Arts da New York University e foi professor associado de artes teatrais e estudos negros na State University of New York em Binghamton. Um dos professores mais populares da escola de Binghamton, ele é lembrado como um homem grande e exuberante que dançava pela sala de aula em um dashiki, cutucando seus alunos com um grande bastão e um fundo inesgotável de sarcasmo bem-humorado.
Percival Borde faleceu de ataque cardíaco em 31 de agosto de 1979, durante uma apresentação no Perry Street Theatre, onde se apresentava com sua esposa, Pearl Primus. Ele tinha 56 anos.
Borde foi casado anteriormente com Joyce Murray. Além da Srta. Primus, ele deixa um filho, Onwin, e uma filha, Cheryl.
O funeral foi na Casa Funerária Benta, 624-30 St. Nicholas Avenue.
(Fonte: https://www.nytimes.com/1979/09/05/archives – New York Times Company / ARQUIVOS / De Jennifer Dunning – 5 de setembro de 1979)