Peter Paul Rubens, foi um dos maiores mestres da pintura, fundiu a tradição flamenga ao Renascimento italiano e redirecionou a pintura no norte da Europa

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A trajetória singular de O Massacre dos Inocentes

Peter Paul Rubens, foi um famoso pintor flamengo do estilo barroco

Peter Paul Rubens (Siegen, 28 de junho de 1577 – Antuérpia, 30 de maio de 1640), foi um dos maiores mestres da pintura – o flamengo foi não só um mestre, mas também um transformador. Fundiu a tradição flamenga ao Renascimento italiano e redirecionou a pintura no norte da Europa.

O Massacre dos Inocentes, o bíblico massacre de recém-nascidos ordenado pelo rei Herodes, para evitar o surgimento do Messias, é um exemplar raro também na crueza com que mostra os soldados trucidando os bebês, em meio ao desespero das mães. Somados, todos esses fatores fizeram com que os padrões tradicionais de preços simplesmente deixassem de valer.

 

O Massacre dos Inocentes, Peter Paul Rubens (Foto: Mídia Pura/ Reprodução)

 

 

Pintura – A Descida da Cruz, de Peter Paul Rubens

Entre 1611 e 1614, o artista alemão Peter Paul Rubens pintou sua primeira grande obra, a célebre “Descida da Cruz”, que já mostrava o equilíbrio da composição e o intenso dramatismo das figuras, característicos de sua produção. A pintura é considerada a obra-prima de Rubens, principal pintor do barroco flamengo, e está exposta na Catedral de Antuérpia, na Bélgica.

Nessa obra foram colocados todos os traços do estilo barroco: a iluminação teatral, o céu escuro e Cristo banhado em uma profusão de luz. A forma é curvilínea, conduzindo à figura central de Cristo. É um tema trágico que induz a reação emocional. O pintor inglês Sir Joshua Reynolds, classificou essa obra como: “uma das melhores imagens jamais criadas”. A cabeça, pendida para um lado, o corpo caído, tudo evoca o peso da morte.

(Fonte: Veja, 17 de julho de 2002 – ANO 35 – Nº 28 – Edição 1760 – Arte – Pág: 108/109)

(Fonte: http://noblat.oglobo.globo.com/noticias/noticia/2008/03 – NOBLAT – 19.03.2008)

(Com colaboração de Catharina Mafra)

 

 

 

 

Rubens, mestre do barroco e da transformação

Considerado uma estrela da pintura barroca, Peter Paul Rubens influenciou várias gerações de artistas. Exposição no Museu Städel de Frankfurt mostra aspecto pouco conhecido de seu processo criativo.

 

“A Cabeça de Medusa”, de 1617/18, faz parte da mostra sobre Peter Paul Rubens (KHM – Museum sverband)

 

 

Com suas dramáticas pinturas em grande formato, Peter Paul Rubens influenciou como nenhum outro artista a arte barroca europeia. O Museu Städel de Frankfurt apresenta agora, a partir desta quinta-feira (08/02) e até 21 de maio, a mostra especial Rubens. Kraft der Verwandlung (Rubens. Força da transformação), em que procura mostrar um aspecto até hoje pouco observado no processo criativo do mestre flamengo.

 

Com cerca de cem trabalhos – entre eles, 31 pinturas e 23 desenhos de Rubens – a exposição mostra o profundo diálogo entre Rubens e obras de artistas anteriores e contemporâneos e como esse processo influenciou seu trabalho artístico durante meio século. Segundo o Museu Städel, a extensa obra de Rubens reflete as influências da escultura antiga, bem como da posterior arte italiana e do norte dos Alpes, desde os mestres do final do século 15 até seus contemporâneos.

 

“O Julgamento de Páris”, cerca de 1639: cores vivas e mulheres voluptuosas são marca registrada de Rubens (Museo Nacional del Prado, Madrid)

 

Talento conquistado

 

O talento de Peter Paul Rubens não veio do berço. Ele foi o sexto de um total de sete filhos do advogado Jan Rubens e de sua esposa Maria Pypelincks, ambos de Antuérpia. Uma vez que família teve que fugir na esteira da turbulência religiosa – Jan Rubens era protestante – Peter Paul veio ao mundo em Siegen, longe da cidade natal de seus pais, em 28 de junho de 1577.

Somente após a morte do pai, a família pôde voltar para Antuérpia, onde o jovem Peter Paul serviu por um tempo como pajem da condessa Marquerite de Ligne.

 

Guilda de São Lucas como trampolim

 

Mas Rubens queria mais – e, mais do que tudo, ele que queria pintar. Tornou-se então aprendiz de mestres de seu tempo, como Tobias Verhaecht, Adam van Noort e Otto van Veen.

 

Ele tinha apenas 21 anos quando foi aceito como mestre na Guilda de São Lucas, a guilda dos pintores de Antuérpia. Dois anos depois, ele se mudou para a Itália e tornou-se pintor da corte do duque de Mântua.

 

Autorretrato de Rubens, cerca de 1638 (KHM – Museum sverband)

 

Impressionado com os palácios italianos, estudou meticulosamente a arquitetura e as obras da Antiguidade, que influenciaram de forma duradoura a sua obra. Com a mãe gravemente doente, Rubens voltou para Antuérpia em 1608.

Sua reputação como um pintor de excelência já havia chegado à cidade natal – e, assim, os conselheiros municipais tentaram mantê-lo por lá: com uma enxurrada de encomendas lucrativas, com isenção fiscal e com o posto de pintor da corte dos soberanos dos Países Baixos Espanhóis, o arquiduque Alberto e a infanta Isabel. Rubens permaneceu e enriqueceu.

 

Oficina de Rubens: uma fábrica de pintar

 

A antiga residência do pintor flamengo, onde hoje funciona um museu, é testemunha da opulência em que ele viveu. No palácio de influência italiana, projetado pelo próprio Rubens em Antuérpia, encontrava-se também a oficina do artista, na qual chegou a empregar cem funcionários ao mesmo tempo.

Pois as pinturas de Rubens tinham grande demanda – tanta que, sozinho, o artista não conseguia dar conta das encomendas. Assim, ele realizava muitas vezes somente um esboço e deixava a execução para os seus assistentes. Entre eles estão nomes ilustres, como Anton van Dyck, Frans Snyders ou Jan Brueghel, o Velho.

 

“Pã e Siringe”, 1617/19, foi obra conjunta de Peter Paul Rubens e Jan Brueghel, o Velho (MHK, galerie Alte Meister / Ute Brunzel)

 

Rubens fez as cores brilharem

 

Cores brilhantes, proporções felizes, figuras em movimento e, não menos importante, mulheres sensuais e voluptuosas com o clássico “manequim de Rubens” foram a marca registrada do artista. Cada vez mais, ele passou a pintar para a nobreza, entre outros para a rainha francesa Maria de Médici e seu filho Luís 13, ou para o rei inglês Charles 1°.

 

Rubens não se sentia à vontade somente em seu ateliê, mas também no cenário político. Como conselheiro e negociador, ele se tornou um dos diplomatas mais respeitados de sua época nas cortes de Madri, Paris, Haia e Londres, conseguindo até mesmo negociar uma trégua entre os países inimigos Espanha e Inglaterra. Nenhum outro artista esteve envolvido, através de sua arte, tão diretamente nos processos políticos de seu tempo.

 

Cada vez mais, ele combinava seus negócios com seus interesses políticos. Seus contatos comerciais ajudaram muitas vezes em suas missões diplomáticas e vice-versa. Na década de 1630, Rubens passou a se concentrar novamente em sua produção artística.

 

Em 30 de maio de 1640, Rubens morreu em Antuérpia, depois que a gota havia afetado seriamente a sua saúde nos últimos anos de vida. Ele foi enterrado na Igreja de Santiago, em Antuérpia. Após a sua morte, a esposa, Hélène Fourment, deixou que Johann Bockhorst, um assistente próximo do artista, finalizasse obras incompletas de seu marido.

(Fonte: Deutsche Welle – NOTÍCIAS – CULTURA – ARTE / Autoria Suzanne Cords – 08.02.2018)

A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.

 

 

 

 

 

 

Castelo de Pieter Paul Rubens, pintor holandês do séc XVII, está a venda por R$16 milhões

Peter Paul Rubens retratou o Elewijt Castle em várias das suas obras, incluindo “A View of Het Steen in the Early Morning”, que atualmente está exibida na Galeria Nacional de Londres.

 

O Elewijt Castle, muitas vezes chamado Castle Het Steen and Rubens Kasteel

Artista pintou uma série de obras em propriedade na Bélgica

O castelo localizado ao sul da cidade de Antuérpia, na Bélgica – Wikimedia Commons

Um castelo na Bélgica que foi propriedade do pintor barroco Pieter Paul Rubens, está à venda por 4 milhões de euros (equivalente a R$16 milhões), segundo noticiou o “The Art Newspaper”. O pintor viveu no local entre 1635 e 1640 — ano de sua morte — um de seu períodos mais prolíficos.

O imóvel construído em 1304, localizado a cerca de 25 quilômetros ao sul de Antuérpia, tem 33 quartos e está rodeado por um fosso em três lados.

 

 

Peter Paul Rubens

‘A View of Het Steen in the Early Morning’, de 1636, uma das obras pintadas no caslelo – (Wikimedia Commons)

 

 

“O atual proprietário fez o castelo restaurar gradualmente desde 1955 e, em 2009, o castelo recebeu o status de patrimônio arquitetônico oficial”, disseram ao site os agentes imobiliários da Engel & Völkers, que estão vendendo a residência.

“Pieter Paul Rubens comprou o castelo para morar com sua segunda esposa, Helena Fourment. Ele redesenhou completamente o castelo em um estilo renacentista flamengo e teve o brasão de família gravado acima da lareira na sala de estar. A partir daí, o castelo foi chamado de “Castelo de Rubens”, acrescentam os vendedores.

O Elewijt Castle, muitas vezes chamado Castle Het Steen and Rubens Kasteel

(Fonte: https://oglobo.globo.com/cultura/artes-visuais – ARTES VISUAIS / CULTURA / por O Globo / Agências internacionais – 27/02/2018)
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