Peter Singer afirma que os avanços da ciência irão tornar as discussões éticas cada vez mais fundamentais, e explica suas ideias sobre vegetarianismo, pobreza extrema e eutanásia.
Peter Singer, filósofo que atrai a atenção de multidões. Professor de bioética na Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, Singer analisa questões éticas como aborto, assassinato, desigualdade e direitos dos animais , partindo do ponto de vista de que todo ser vivo capaz de sofrer e sentir dor deve ter seus interesses considerados.
Isso leva o filósofo a afirmar que o consumo de carne e a maior parte das experiências científicas com animais são moralmente errados. Nos últimos anos, Singer tem se envolvido com uma série de organizações de caridade, a fim de ajudar populações pobres ao redor do planeta. Mas também é esse raciocínio que, levado ao extremo, faz Singer chegar a conclusões chocantes, como afirmar que a vida de um cachorro tem o mesmo valor moral que a de um humano recém-nascido.
Peter Singer já foi considerado um dos mais importantes e controversos filósofos vivos. Sua ideias chegaram a ser comparadas ao nazismo e o levaram a ser chamado de o homem mais perigoso da Terra. Em 2004, no entanto, ele foi eleito o Humanista do Ano pelo Conselho de Sociedades Humanistas Australiano.
O australiano Peter Singer é uma figura rara: um filósofo que atrai a atenção de multidões. Seu livro Libertação animal, de 1975, foi um dos responsáveis por dar início aos movimentos modernos de defesa dos animais, influenciando um enorme número de ativistas do vegetarianismo ao redor do mundo. Ao mesmo tempo, suas ideias sobre a eutanásia também movem um grande público, mas na forma de acalorados protestos realizados em suas palestras. Os atos costumam ser organizados por grupos de defesa dos portadores de deficiência física, que encontram em seus escritos ecos da eugenia nazista.
(Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia – FILOSOFIA – CIÊNCIA/ Por Guilherme Rosa – 01/09/2013)