PIONEIRA NO LANÇAMENTO DO CARRO COM TETO SOLAR NO BRASIL

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PIONEIRA NO LANÇAMENTO DO CARRO COM TETO SOLAR NO BRASIL

Em maio de 1973, a Volks lançou a Brasília, sucessora do TL e da perua Variant, um sucesso na primeira geração e um fracasso na segunda. Aliás, a Brasília teria primazia de ser a recordista de fila de espera: oito meses entre o pedido e a entrega, desde que o comprador não fizesse questão da cor.
Mas a Brasília carrega uma primazia muito maior: ela foi o primeiro carro inteiramente desenvolvido e fabricado no Brasil por uma multinacional. Inicialmente, “a” Brasília era para ser masculina (“o” Brasília, talvez por influência da diferença que existe no uso de artigos entre o português e o alemão) e a idéia por trás do projeto era criar um carro “pequeno por fora e grande por dentro”, além de adaptado às (más) condições das estradas brasileiras.
As vendas iniciais superaram todas as expectativas: dos 7 mil veículos produzidos mensalmente, 3 mil eram exportados, e os restantes 4 mil disputados a tapa (ou, para quem podia, um “ágio” de 25% também ajudava). O sucesso da Brasília no começo dos anos 70 até fez a Volks esquecer uma desilusão passageira: seu primeiro carro de quatro portas, chamado simplesmente VW 1600, lançado quatro anos antes. Em 1965 a VW também foi pioneira no lançamento do carro com teto solar no Brasil. O Fusca com a abertura no teto não pegou, em razão unicamente do maldoso apelido popular que recebeu: “Cornovagen”. Só 14 anos mais tarde, em 1979, a Chrysler relançaria o teto solar em seu Dodge Magnum, mas, ainda assim, como um item opcional, por causa do preconceito.

(Fonte: Revista QUATRO RODAS ESPECIAL–Edição Especial–0418– N.º 507–B – Editora ABRIL– A Revolução Industrial – Capítulo III -O Carro no Brasil– Pág. 70)

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