Pioneiro do movimento Nouvelle Vague

Claude Chabrol (1930-2010), crítico, produtor e cineasta francês. Um dos fundadores do movimento Nouvelle Vague, que revolucionou o cinema no final da década de 1950 e início dos anos 60 na França. Claude Henri Jean Chabrol, nasceu em Paris, em 24 de Junho de 1930. Diretor prolífico, ele fez mais de 70 filmes e produções para a televisão durante sua carreira de mais de 50 anos. Pioneiro da Nouvelle Vague, amigo de François Truffaut e Jean-Luc Godard, Claude Chabrol se especializou em filmes que ironizavam os hábitos da sociedade francesa. Um dos mais famosos é Madame Bovary, com a estrela Isabelle Huppert no papel principal.

Seu primeiro longa, Nas Garras do Vício (Le Beau Serge, 1958), foi aclamado pela crítica e é considerado uma espécie de manifesto da Nouvelle Vague. Ao lado de nomes como François Truffaut e Jean-Luc Godard, Chabrol trocou a posição de crítico cinematográfico da revista Cahiers du Cinema pela cadeira de diretor, integrando o movimento que revolucionou não só o método de produção dos filmes (com equipamentos portáteis e filmagens na rua, mais simples e baratas), mas também apostando em narrativas autorais, repletas de citações e metalinguagem cinematográfica. Da França, o movimento ganhou outros países e inspirou movimentos como o Cinema Novo, no Brasil.

Em comum, os filmes de Chabrol apresentam uma visão crítica da burguesia, com foco nas fraquezas e na hipocrisia das pessoas. Suas principais obras incluem As Corças (Les Biches, 1968) e O Açougueiro (Le Boucher, 1970), além de uma bem-sucedida parceria com a atriz Isabelle Huppert em longas como Um Assunto de Mulheres (Une Affaire de Femmes, 1988), Mulheres Diabólicas (La Cérémonie, 1995) e A Teia de Chocolate (Merci pour le Chocolat, 2000). O último filme de Chabrol, Bellamy, estreou no ano passado.

Pelo conjunto de sua obra, o cineasta recebeu o Prêmio René Clair da Academia Francesa, em 2005, e a Câmera de Ouro do Festival de Berlim, em 2009. O cineasta Claude Chabrol morreu dia 12 de setembro de 2010, aos 80 anos, em Paris.

(Fonte: Zero Hora – Ano 47 – N.° 16.446 – MEMÓRIA – 13/09/10 – Pág; 40)