Aby Warburg (Hamburgo, 13 de junho de 1866 – Hamburgo, 26 de outubro de 1929), historiador de arte alemão célebre por seus ensaios sobre Sandro Botticelli (1445-1510).
Pioneiro no estudo do ressurgimento do paganismo no Renascimento Italiano, Warburg, seguidor da tradição de Jakob Burkhardt (1818-1897), tinha uma biblioteca de referência (mais de 60 mil volumes) em Hamburgo, base do Instituto Warburg, quando decidiu se instalar em Londres. E. H. Gombrich (1909-2001) tornou-se seu funcionário por pouco tempo, mas foi influenciado por suas ideias. Após a morte de Warburg e com a ascensão de Hitler, a biblioteca do instituto, por segurança, foi transferida para uma mansão rural.
Ao contrário de Warburg, que tinha projetos ambiciosos, como o Bilderatlas Menmosyne – atlas com ligações temporais de características visuais -, E. H. Gombrich (1909-2001) nem mesmo acreditava ser possível definir arte. Ele, aliás, começa seu História da Arte afirmando que não existe “isso que chamam de arte”.
O que existe, dizia, são artistas. Sua inovação, ao contar essa história, foi justamente não supervalorizar o papel de movimentos artísticos, mas do indivíduo como criador.
(Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer – NOTÍCIAS – CULTURA/ Por ANTONIO GONÇALVES FILHO – O Estado de S. Paulo – 5 de outubro de 2012)