Cineasta fez história com o filme Aruanda, precursor do Cinema Novo.
Linduarte Noronha (Ferreiros, Pernambuco, 1931 – João Pessoa, Paraíba, 30 de janeiro de 2012), cineasta pernambucano que fez história no Brasil com o documentário em curta-metragem “Aruanda”.
Linduarte Noronha, pernambucano de Ferreiros, é considerado um pioneiro do cinema na Paraíba, onde constituiu toda a sua carreira. Também é precusor do Cinema Novo no Brasil. Aruanda (1960), seu curta-metragem mais famoso, foi reverenciado até mesmo por Glauber Rocha, representante mais expressivo do movimento. Antes de enveredar pelo documentário, Noronha foi repórter e crítico de cinema.
Ele é um pioneiro do cinema local, tendo feito história no Brasil com o documentário em curta-metragem “Aruanda”, de 1960. O filme, que é sua principal obra, promoveu grandes modificações estéticas na cinematografia brasileira. Aruanda é tido como precursor do movimento Cinema Novo. Linduarte Noronha é natural de Ferreiros, em Pernambuco, mas constituiu toda a sua carreira na Paraíba.
O filme aborda a fundação de um quilombo de escravos fugidos na Serra do Talhado e revisita a mesma região flagrando os descendentes de escravos que viviam de forma primitiva, vendendo potes de barro feitos de forma artesanal.
O cineasta também foi professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
O cineasta Linduarte Noronha também foi responsável pelo primeiro longa-metragem de ficção do cinema da Paraíba. Em 1971 ele dirigiu o Salário da Morte, que em função de problemas na filmagem e poucos recursos não conseguiu fazer sucesso nos cinemas.
Linduarte Noronha morreu dia 30 de janeiro de 2012, de 81 anos, em João Pessoa, de uma parada respiratória.
(Fonte: http://www.g1.globo.com/paraiba/noticia/2012/01/)
Linduarte Noronha nasceu em Ferreiros (PE), mas constituiu a sua carreira na Paraíba. Sua obra mais célebre é o documentário de curta-metragem Aruanda, de 1960, que teve grandes repercussões estéticas para o cinema brasileiro, sendo considerado precursor do Cinema Novo, inclusive por Glauber Rocha, seu representante mais expressivo.
O cineasta ainda foi repórter, crítico de cinema e professor do curso de Comunicação Social da Universidade federal da Paraíba (UFPB).
ARUANDA
Aruanda está para o moderno cinema brasileiro como A Bagaceira do também paraibano José Américo de Almeida está para nosso modernismo literário. O Nordeste, sua realidade, seus mitos, texturas, asperezas, locações e personagens, abria passagem em 1960 como em 1928, nos filmes como nos livros.
Aruanda, conforme ensinou Noronha, quer dizer terra de promissão. O filme trata da fundação de um quilombo de escravos fugidos na Serra do Talhado, no município de Santa Luzia, e revisita a região, quase um século depois, flagrando uma família camponesa que subsiste de algodão, plantado pelos homens, e cerâmica, obra das mulheres.
Aruanda originou ainda toda uma escola de documentários na Paraíba, a partir principalmente de companheiros de equipe de Noronha: Vladimir Carvalho, João Ramiro Mello, Rucker Vieira.
(Fonte: http://www.wscom.com.br/noticia/30/01/12