Primeira mulher a ganhar o Nobel – em 1911
Marie Curie a única pessoa a recebê-lo duas vezes em áreas científicas, em física e química.
A pesquisadora e cientista Marie Curie foi a responsável pela descoberta da radioatividade, o que levou ao desenvolvimento de exames de ultrassonografia a terapias para o tratamento do câncer.
Marie Curie, uma cientista do início do século XX. Visitou o Brasil pelo menos duas vezes: em 1911 e 1926.
Foi alguém que buscou a ciência pura e desinteressada de ganho material. Ela foi integrante da Academia Brasileira de Ciências, mas não conseguiu ser eleita para o órgão semelhante da França. Perdeu por um voto, e não porque seu trabalho não era reconhecido, mas simplesmente por ser mulher.
Ela foi a primeira mulher a ganhar sozinha o Prêmio Nobel.
Muitas, como no início do século, têm dificuldade de ver o trabalho reconhecido. Em 1903, a ideia era dar o Nobel apenas para o seu marido, Pierre Curie. A família teve que lutar para vê-la também laureada. Em 1995, o governo francês quis homenageá-la e transferiu seu corpo para o Panteão, onde são sepultadas as grandes personalidades da França.
Mesmo com o Nobel, a condição de estrangeira (Marie nasceu na Polônia) a fez ser vítima de preconceito.
Por volta de 1910, ela passou a ser perseguida pela imprensa nacionalista. Mas, com o início da 1ª Guerra Mundial, ela desenvolveu aparelhos portáteis de raio-X para os militares, o que a fez ganhar muita simpatia. Recentemente, no início do século XXI, ela foi reconhecida, em uma votação popular na Polônia, como a mulher mais importante de todos os tempos daquele país. Acho que Marie não é polonesa nem francesa; é internacional.
Pierre Curie, quando venceu o Nobel, disse que a radioatividade é como dinamite: pode ser muito útil ou destruidora. A Marie era muito cuidadosa com isso. Mas também tinha consciência dos benefícios que aquilo traria para a saúde – coisas bem mais importante do que uma queimadura na mão, por exemplo.
(Fonte: http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2011/10/17 – DESCOBRIDORA DA RADIOATIVIDADE/ POR Renato Grandelle)