UNE elege primeira mulher negra em quase 100 anos de história
Primeira mulher negra a liderar a UNE
O último Congresso Nacional da União Nacional dos Estudantes (CONUNE) registrou a primeira vitória eleitoral de uma mulher negra para a presidência da UNE. Bruna Belaz ganhou a eleição do Congresso e se torna a segunda mulher preta a presidir a maior entidade de representação dos estudantes do nosso país.
Bruna Chaves Brelaz tem 26 anos e é natural do Amazonas. A estudante de Direito é também a primeira representante da Região Norte do Brasil a comandar a entidade e foi diretora do DCE da Universidade Estadual do Amazonas, além de presidente da União Estadual dos Estudantes do Amazonas.
A primeira foi Moara Correa, que assumiu a direção da entidade após a presidente Carina Vitral abandonar o cargo em 2016. Moara assumiu por ser uma vice-presidenta, mas abriu o caminho para a liderança das mulheres na UNE.
A recém-empossada presidenta da UNE é estudante de direito, manauara, negra e representa a União da Juventude Socialista, organização ligada ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB). A UJS é o leão grande da entidade e colecionada vitórias consecutivas dentro da União.
Bruna promete uma gestão da UNE como liderança nas movimentações contra o presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista ao UOL, a chefe da entidade compara o papel da UNE agora com o movimento ‘Fora Collor’, preponderante para a queda do ex-presidente do Brasil em 1991
“Na época do ‘fora, [Fernando] Collor’, o movimento pelo impeachment teve a participação mais focada nos alunos de escolas particulares, da classe média. Hoje a cor e a origem dos jovens que estão nas ruas mudaram muito”, disse Brelaz ao UOL.
“Gritamos ‘fora, Bolsonaro’ sobretudo para interromper o processo violento de destruição das universidades, das escolas, do sistema educacional no país. A gente precisa reverter o corte de quase R$ 2 bilhões no orçamento da educação, a política desumana do teto de gastos, os ataques à autonomia universitária. Tem estudante que está passando fome, desempregado e a evasão do ensino superior é uma grande realidade”, completou.
A próxima gestão deve lidar com desafios como a revisão da Lei de Cotas em 2022, reposição no orçamento das universidades e regulamentação para o ensino híbrido. Ações e projetos para permanência estudantil e a questão das altas taxas de evasão também estão na lista de prioridades.
Bruna quer ampliar a mobilização e o debate em defesa da Amazônia, levando campanhas e ações para as universidades
(Fonte: https://www.hypeness.com.br/2021/07 – Redação Hypeness – 21/07/2021)
(Fonte: https://veja.abril.com.br/blog/radar – RADAR / BRASIL / Por Robson Bonin – 20 jul 2021)