A ponte da Avenida João Pessoa com a Ipiranga – talvez a primeira do mundo
com árvores plantadas em sua estrutura.
A ponte da João Pessoa no entorno do Arroio Dilúvio com suas palmeiras
sexagenárias constitui uma obra de arte enriquecida de contextos históricos
e sociais. As palmeiras-da-Califórnia foram parar na ponte por descuido de
funcionários da Prefeitura.
Por ocasião do bicentenário da cidade, estavam plantando várias árvores e
não se deram conta do inusitado. Era 1940, quando se considerava a fundação
da Capital em 1740. Até que foi aceito o argumento de comemoração da data em
26 de março de 1772, remontando à criação da Freguesia de São Francisco do
Porto dos Casais, desvinculada de Viamão.
A ponte é obra do arquiteto catarinense Christiano de La Paix Gelbert.
Originárias do Sul da Califórnia (EUA), as palmeiras não têm a raiz
principal, por isso não causam danos a calçamentos. As escadarias projetadas
ao lado da ponte descem até a margem do canal e serviram de embarcadouro e
local de venda de frutas e verduras, quando o riacho era navegável.
Simbolizam outra época, em que o local era considerado de lazer. Até o final
da década de 50 as águas límpidas do Dilúvio corriam entre chácaras de
leite, plantações ou nos fundos das casas, rodeadas de farta vegetação.
A foz do Dilúvio se situa no limite de Porto Alegre com Viamão e o riacho
desemboca no Guaíba. Seu curso tem uma extensão de 17 quilômetros.
(Fonte: Revista PUCRS INFORMAÇÃO – AMBIENTE – Por Ana Paula Acauan – Nº
132 – NOV-DEZ/2006 – ANO XXIX – Pág; 22/23)
Primeira ponte com árvores plantadas em sua estrutura
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