Powered by Rock ConvertPrimeiro desenho animado sonoro da História
COMEMORADO: o cinquentenário do galã, aviador, detetive, maestro, explorador e homem do mundo Mickey Mouse; entre outros eventos, com uma festa de gala em Hollywood, uma retrospectiva na Biblioteca do Congresso, em Washington, e uma exposição no Museu de Arte de Nova York; dia 18 de novembro de 1978.
Sua carreira começou tumultuada, como costuma ser sua vida nos filmes e nas histórias em quadrinhos distribuídos em dezenas de países. Concebido na prancha de desenho instalada em uma garagem que Walt Disney usava como estúdio, em Kansas City, o ratinho faceiro que acabaria conquistando o mundo apareceu com o nome de “Mortimer” em dois desenhos animados baseados nas vidas do aviador Charles Lindbergh e do ator Douglas Fairbanks. Os filmes foram um fracasso de público, mas Walt Disney acreditava tanto na força da personagem que logo planejou sua ressurreição. A esposa e assistente de Disney, Lilian, achava, porém, que Mortimer não era um nome simpático e acabou convencendo o marido a rebatizar o pequeno rato como Mickey. A estreia do novo ator – na noite de 18 de novembro de 1928, na tela do Colony Theater, de Nova York, com o filme Steamboat Willie foi um estrondoso sucesso, para a qual colaborou, sem dúvida, o fato de se tratar do primeiro desenho animado sonoro da História. A voz de Mickey Mouse era a do próprio Disney que, por sinal, nem mesmo depois de milionário admitiu deixar para outra pessoa o trabalho de dublar os falsetes do ratinho nos 118 cartuns e dois longa-metragens que se seguiriam. Da tela para as histórias em quadrinhos foi um pulo. No Brasil, a revista Mickey é um dos grandes sucessos da divisão de publicações infantis da Editora Abril; na televisão, ele aparece diariamente no programa Clube do Mickey, da Rede Tupi. Com o passar dos anos, o desenho da personagem sofreria uma série de modificações. Uma característica, porém, foi mantida: a entonação de voz do ratinho, numa homenagem a seu criador.
(Fonte: Veja, 22 de novembro, 1978 Edição n.° 533 DATAS – Pág; 136)
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