Michael Faraday, grande cientista do século XIX. Certa vez, Faraday suspendeu uma pequena barra magnética, perpendicularmente, num recipiente cheio de mercúrio, por tal forma que só uma das extremidades ficou aflorando à superfície. Depois, puxou um fio, de um dos pólos de uma bateria elétrica de mercúrio que é um líquido condutor de eletricidade; encurvou-o por cima da borda do recipiente, e o deixou submerso. Do outro pólo, estendeu outro fio, que se concluía por um segmento reto; suspendeu isto em cima da barra magnética, fazendo-o pender-se no interior do mercúrio. Assim deveria haver uma corrente elétrica fluindo de um pólo a outro da bateria, através do mercúrio.
Uma vez fechado o circuito, a extremidade direita do fio, pendendo do mercúrio, começou a girar em torno da barra magnética. Desligou o contacto, e o movimento cessou; tornou a fechar o circuito, e o giro começou de novo. Por esta forma, foi posto em funcionamento o primeiro motor elétrico. Não se tratava de um motor que pudesse ter uso prático imediato, a menos que se quisesse misturar o mercúrio; Faraday foi o primeiro a admitir isso; mas se tratava de um motor, de um engenho, cujas possibilidades eram ilimitadas.
(Fonte: 100 Eventos que Abalaram o mundo Edições MelhoramentosVol II Tradução Raul de Polillo-Pág:517, 518, 519)