O primeiro poeta simbolista brasileiro
João da Cruz e Sousa (Florianópolis (
Foi jornalista e militante abolicionista, estreando como poeta aos 24 anos com a publicação de Tropos e Fantasias. Sua entrada no simbolismo se deu em 1893, quando publicou os livros Missal e Broquéis.
Quando jovem, Cruz e Sousa, um dos melhores poetas do simbolismo brasileiro, também cometeu versos menores. Mas no caso específico dele, que em sua maturidade artística viria a criar os magníficos versos de Broquéis, a publicação desses inéditos tem a virtude de mapear o salto qualitativo que o artista viria a dar.
Escritos entre 1883 e 1889, esses poemas exibem um Cruz e Sousa ainda amarrado à moda parnasiana, mais ocupado com a métrica do que com o impacto sonoro das palavras, marca maior de sua obra.
Cruz e Sousa morreu tuberculoso, desconhecido e pobre em março de 1898, no município mineiro de Antônio Carlos, num povoado chamado Estação do Sítio, para onde fora transportado às pressas vencido pela tuberculose.
Um dos traços bastante evidenciados em seu trabalho é a obsessão pela cor branca.
(Fonte: Veja, 21 de agosto de 1996 – ANO 29 – N° 34 – Edição 1458 – LIVROS/ Por ANGELA PIMENTA – Pág: 106)