Giorgio Giugiaro, nascido no ano de 1938, em Cuneo, na região do Piemonte, o designer começou a projetar automóveis, na década de 1960, os criadores usavam mais a intuição do que qualquer outra regra, como se fossem escultores. Hoje há requisitos como aerodinâmica, normas de segurança e pesquisas de marketing, entre outros.
Como uma espécie de Midas, o italiano Giorgio Giugiaro, mais conhecido como Giorgetto, transforma em sucesso todos os objetos que concebe.
Muito que você nunca tenha entrado em um carro projetado pelo italiano. Da sua cabeça saíram as linhas de máquinas de sucesso como o Volkswagen Golf e o Fiat Punto, o Palio e o Uno. Ele deu corpo a autênticos objetos do desejo, como a Maserati 3200 GT e a Alfa Brera, além da ousadia do porte do Delorean. Giorgetto foi o primeiro projetista a perceber futuro na Ásia, já nos anos 1980, quando trabalhou para os coreanos Daewoo e Hyundai.
No comando da Italdesign, um dos maiores estúdios de criação do planeta, ele coordena o trabalho de 1.100 funcionários. A empresa realiza projetos em tempos curtos e com imaginação. Nos estúdios da Italdesign, em Moncalieri, nos arredores de Turim, possui estações de trabalho com supercomputadores capazes de criar tudo virtualmente.
Iniciou sua carreira no departamento de projeto da Fiat, logo após ter saído da Escola de Artes de Turim. Filho de Luigi Giugiaro, conhecido pintor de afrescos de Garessio, cidadezinha não muito distante da capital do Piemonte, seu talento foi logo reconhecido por Dante Giacosa, diretor da montadora italiana, durante uma mostra.
Três meses depois, já apelidado de Giorgetto, o jovem precoce foi convidado por Giacosa a entrar no departamento de projetos. Tinha 17 anos. Aos 21, conquistou a admiração de um dos designers de automóveis italianos mais badalados do mundo naqueles tempos, Giuseppe Bertone, o Nuccio. Durante o Salão do Automóvel de Turim de 1959, Giugiaro enceheu-se de coragem e foi mostrar seu portfólio a Nuccio. Não é possível que um garoto como você seja o autor desses projetos, disse-lhe Bertone.
Dias depois nascia a sua primeira obra, a Alfa Romeu 2000 Sprint. Semana mais tarde viriam a Ferrari 250 GT e uma nova Alfa, a Giulia GT. Giorgetto dava-se muito bem com Bertone, até que a empresa ficou pequena demais para o seu talento. Após uma breve passagem por outro estúdio italiano, o Guia, em fevereiro de 1968, decidiu tomar um novo rumo: fez uma parceria com um jovem desenhista italiano, Aldo Mantovani, e fundou a Italdesign. Seria uma empresa de consultoria, não apenas para carros, e sim para qualquer tipo de objeto.
Ao contrário dos concorrentes, a Italdesign se organizou como um escritório técnico, com competência para prestar serviços a montadoras, mas também voltada para empresas focadas em outras atividades.
Foi assim que nasceu a parceria com a japonesa Nikon, que em 1979 lhe encomendou uma nova câmera fotográfica, a EM. Depois vieram encomendas para outros produtos: relógios para a marca japonesa Seiko; as célebres garrafas para a marca de água S. Bernardo, da Itália. Sua grande paixão, entretanto, sempre foram os automóveis.
(Fonte: Revista Welcome Congonhas – Maio de 2008 – Ano II – Nº 14 – Design/Por Fernando Valeika de Barros – Pág; 30/31/33).