Primeiro satélite de monitoramento 100% brasileiro é lançado com sucesso
Amazônia 1, primeiro satélite 100% brasileiro, chega ao espaço para ser vigilante da floresta
Satélite foi lançado na Índia. Principal atribuição do Amazônia 1 é gerar imagens diárias para monitoramento ambiental e vai compor o Deter, sistema coordenado pelo Inpe que acompanha o desmatamento em tempo real.
O PSLV-C51, um foguete de 44 metros de altura, decolou do centro espacial da Índia, na ilha de Sriharikota, na manhã do domingo, 28 de fevereiro (1h54 da madrugada no horário de Brasília), levando 19 satélites para serem liberados na órbita da Terra, entre eles o Amazônia-1, primeiro satélite de monitoramento construído e testado inteiramente no Brasil.
O satélite brasileiro Amazônia 1 foi lançado para o espaço com sucesso. O lançamento ocorreu no Centro Espacial Satish Dhawan, na ilha de Sriharikota, na Índia. Este é o primeiro satélite totalmente feito no Brasil a entrar em órbita.
O lançamento ocorreu como o esperado: às 1h54 (horário de Brasília), o foguete batizado de “Veículo de Lançamento de Satélites Polares” (Polar Satellite Launch Vehicle, ou PSLV) foi lançado na missão PSLV-C51, transportando tanto o Amazônia 1 do Brasil com outros 18 satélites.
O satélite brasileiro precisou de 17 minutos após o lançamento para se separar do foguete e iniciar suas atividades, incluindo os processos de abertura do painel solar, estabilização da orientação em relação à Terra, e verificação de sistemas.
Com aproximadamente 700 quilos, o Amazônia-1 foi projetado para monitorar a floresta e áreas cultiváveis do território brasileiro com o objetivo de gerar dados confiáveis em relação ao desmatamento da região e o desenvolvimento agrícola do país. O INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) será o controlador da operação e pretende lançar mais dois dispositivos similares a fim de aumentar a cobertura sobre o território nacional. “O satélite brasileiro está em perfeito estado”, informou K. Sivan, diretor da ISRO (Organização de Pesquisas Espaciais da Índia). “Os painéis solares abriram e estão funcionando normalmente”, complementou.
Segundo Marcos Pontes, ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, “o Amazônia-1 representa uma nova era para a indústria de desenvolvimento de satélites do Brasil”. Espera-se que a nova tecnologia colabore não apenas para coibir a devastação da maior floresta tropical do mundo, mas também para gerar informação precisa sobre a diversificada agricultura brasileira.
O objetivo principal do Amazônia 1 é ajudar no monitoramento do desmatamento na Amazônia. Ele será um dos equipamentos que formarão o sistema Deter de observação como parte da Missão Amazônia. A expectativa é que o satélite comece a tirar fotos da Terra a partir do espaço cinco dias após se estabilizar na órbita.
O Amazônia 1 será o terceiro satélite brasileiro de sensoriamento remoto e deverá atuar em conjunto com o CBERS-4 e ao CBERS-4A, desenvolvidos em parceria com a China. A Missão Amazônia também prevê o lançamento de mais dois satélites: o Amazônia-1B e Amazônia-2.
“A Missão Amazônia vai consolidar o conhecimento do Brasil no desenvolvimento integral de uma missão espacial utilizando satélites estabilizados em três eixos, visto que os satélites de sensoriamento remoto anteriores foram desenvolvidos em cooperação com outros países”, afirmou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em nota.
(Fonte: https://olhardigital.com.br/2021/02/28/ciencia-e-espaco – CIÊNCIA E ESPAÇO / por Daniel Junqueira – 28 de fevereiro de 2021)
(Fonte: https://www.msn.com/pt-br/noticias/ciencia-e-tecnologia – NOTÍCIAS / CIÊNCIA E TECNOLOGIA / por Sergio Figueiredo – 01/03/2021)