Primeiro vôo de um sistema regular da história do correio

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A data oficial da criação do Correio Aéreo Nacional (CAN) é 12 de junho de 1931. Foi quando o então major Eduardo Gomes, um dos remanescentes dos 18 do Forte, criou o serviço do correio aéreo militar com o vôo entre Rio de Janeiro e São Paulo. Sob o comando do tenente Nelson Freire Alvenére-Wanderley e do tenente Casemiro Montenegro Filho, o biplano Curtiss FledLing de Matrícula K263, apelidado de Frankenstein, decolou do Campo dos Afonsos rumo a São Paulo carregando um malote com apenas duas correspondências. Não se tratava do primeiro vôo de correio da história militar brasileira, mas do primeiro vôo de um sistema regular. Antes, a partir de 1919, já houvera missões aéreas destinadas a cobrir rotas postais. Mas a criação do Correio Aéreo plantou as bases do que, na década seguinte, seriam a própria Força Aérea Brasileira e o Ministério da Aeronáutica.
Eduardo Gomes, na condição de um dos tenentes históricos, garantiu com seu nome um dos serviços mais benquistos do país. Durante décadas os aviões do Correio Aéreo foram únicos meios de comunicação com regiões brasileiras inóspitas, nas profundezas do Centro-Oeste e da Amazônia. O próprio Eduardo Gomes, já brigadeiro, foi duas vezes candidato à Presidência da República. Seu último vôo em aparelhos do CAN, ao qual esteve ligado por toda a vida, foi feito em 1960.

(Fonte: Zero Hora – Almanaque Gaúcho – Por Olyr Zvaschi – quinta-feira, 12 de junho de 2008 – Pág; 54)

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