Príncipe consorte Henrik da Dinamarca, marido da rainha Margrethe II

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Príncipe Henrik da Dinamarca

 

Henrique de Monpezat

Príncipe Henrik da Dinamarca (Foto:
AFP/Arquivos / Reprodução)

 

Henrik está casado com a rainha Margrethe desde 1967 e recebeu o título de príncipe consorte, mas o que queria realmente era ser rei, ou, neste caso, rei consorte.

 

O príncipe consorte Henrik da Dinamarca, marido da rainha Margrethe II (Foto: Notícias ao Minuto / Reprodução)

 

Henrique Maria João André de Laborde de Monpezat (Talence, 11 de junho de 1934 – Copenhague, 13 de fevereiro de 2018), um aristocrata francês, príncipe Henrik da Dinamarca, casado com a rainha Margrethe II, mas que nunca realizou o sonho de usar a coroa, e que era fã de vinho e poesia.

Nascido em 11 de junho de 1934 em Talence, na região de Bordeaux (sudoeste da França), Henri Marie Jean André de Laborde de Monpezat se casou em junho de 1967 com a herdeira do trono da Dinamarca, Margrethe, que foi coroada em janeiro 1972.

Henri de Laborde de Monpezat passou o primeiros anos de vida na Indochina, onde seu pai administrava as plantações da família. A guerra os expulsou definitivamente de Vietnã, mas Henri voltou posteriormente a Hanói para passar em seu exame de bacharelado.

Depois de estudar Ciências Políticas, vietnamita e chinês, abraçou a carreira diplomática. Tinha um cargo em Londres quando conheceu Margrethe, então herdeira da coroa dinamarquesa. O príncipe, nascido Henri Marie Jean Andre Count de Laborde de Monpezat, conheceu aquela que seria sua esposa em 1965 quando trabalhava na embaixada da França em Londres.

 

A Rainha Margrethe subiu ao trono depois da morte do pai, o Rei Frederik, em 1972. Para que ela pudesse se tornar rainha, uma emenda constitucional teve que ser aprovada, em 1953, permitindo que mulheres se tornassem soberanas do Reino. (Foto: Keld Navntoft / Scanpix 25.04.2011)

 

Após o casamento, mudou de nome, renunciou à nacionalidade francesa e se naturalizou dinamarquês e trocou o catolicismo pelo protestantismo. Mas, sobretudo, permaneceu resignado, a contragosto, a ficar atrás de Margrethe, adorada por seus súditos.

“Aceito jogar o jogo. Mas é muito duro para um homem não ser considerado no mesmo plano que sua esposa”, admitiu em suas memórias, “O destino obriga”, publicadas em 1997.

“Tudo o que fazia era criticado. Meu dinamarquês era fraco. Preferia o vinho à cerveja, meias de seda e não de lã, carros Citroën aos Volvo, o tênis ao futebol. Era diferente”.

Em 1984, 12 anos depois da chegada ao trono de sua esposa, recebeu a própria remuneração, deduzida do orçamento da rainha.

Treze anos depois substituiu pela primeira vez a soberana, enferma, durante uma visita a Groenlândia.

Em 2002, um novo drama: a rainha Margrethe, abalada por uma gripe, pediu ao príncipe herdeiro, Frederik, que a substituísse na leitura da mensagem de Ano Novo.

Sem pensar duas vezes, o príncipe consorte abandonou Copenhague furioso e seguiu para o Castelo de Cayx, sua propriedade no sul da França.

Henrik, que também era escultor, publicou vários livros de poemas, alguns deles ilustrados pela própria Margrethe, uma artista respeitada.

Desde 1º de janeiro de 2016, o príncipe consorte estava oficialmente aposentado, liberado das obrigações que cumpria com maior ou menor entusiasmo, de acordo com seu humor, marcado pelo desgosto de nunca ter recebido o título de rei.

A enérgica personalidade de Henrik nunca cativou os corações dos dinamarqueses, que zombaram da sua aposentadoria da vida pública no início de 2016.

Após uma vida marcada pela polêmica, em 2017 informou publicamente que não desejava ser enterrado ao lado da esposa na necrópole real da catedral de Roskilde, como é tradição nos casais reais.

Por não ter obtido o título e o papel que sempre almejou, alegava que não havia sido tratado como seu igual em vida e que, portanto, não desejava tal tratamento na morte.

“Sua Alteza Real, o príncipe Henrik morreu aos 83 anos, em 13 de fevereiro às 23H18 no castelo de Fredensborg”, residência oficial que fica a 40 quilômetros da capital dinamarquesa, informou a Casa Real.

No momento da morte, ele estava acompanhado pela esposa e os dois filhos.

A Casa Real dinamarquesa havia anunciado em setembro que o príncipe consorte sofria de “demência.

No dia 9 de fevereiro, seu filho, o príncipe herdeiro, interrompeu a viagem à Coreia do Sul por ocasião dos Jogos Olímpicos de Inverno para ficar ao lado de seu pai.

(Fonte: https://istoe.com.br – EDIÇÃO Nº 2512 – COMPORTAMENTO / Por AFP – 14.02.18)
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