Príncipe Philip, duque de Edimburgo, marido da rainha Elizabeth II do Reino Unido

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Príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth II

 

 

Filipe

Príncipe Philip, duque de Edimburgo, marido da rainha Elizabeth II, do Reino Unido. (Foto: Leon NEAL / AFP)

 

O duque de Edimburgo era pai do príncipe Charles e avô de príncipe William e príncipe Harry.

 

 

Príncipe Philip (10 de junho de 1921 – 9 de abril de 2021), duque de Edimburgo, marido da rainha Elizabeth II, do Reino Unido.

 

O duque, quinto filho do Príncipe André da Grécia e Dinamarca e da Princesa Alice de Battenberg e da Grécia, nasceu Philip da Grécia e Dinamarca no dia 10 de junho de 1921 em uma mesa de jantar na ilha grega de Corfu. Seus pais foram para o exílio quando ele tinha 18 meses. Ele foi educado no Reino Unido, onde se naturalizou cidadão britânico.

 

Philip é primo de terceiro grau de sua esposa – ele é descendente da tataravó da rainha, a rainha Vitória – e foi o cônjuge mais antigo de qualquer monarca britânico.

 

O duque e a rainha foram casados por mais de 70 anos, se tornando o casal real mais longevo da história da Inglaterra.

 

Ele se casou com Elizabeth em 1947 e teve um papel fundamental na modernização da monarquia no período pós-Segunda Guerra Mundial. Por trás das paredes do Palácio de Buckingham, era a única figura chave a quem a rainha podia recorrer e em quem confiar.

O príncipe viajou o mundo ao lado da rainha e cuidou de uma série de programas sociais nos anos 90, até que em 2017 ele decidiu se aposentar da vida pública.

Apesar do protocolo, que o obrigou a estar sempre atrás da rainha e só cumprimentar as pessoas depois dela, em privado ele era considerado o chefe da família.

Philip não acompanhava sempre Elizabeth II —ele fez mais de 22 mil eventos só. Em agosto de 2017, ele se retirou da vida pública, apesar de, eventualmente, ainda aparecer em compromissos oficiais.

A última aparição foi em julho de 2020, numa cerimônia militar no castelo de Windsor, o palácio onde ele e a rainha decidiram permanecer durante o período de Covid-19.

Bisneto da rainha Vitória, nasceu em uma cozinha

O Príncipe Philip da Grécia e da Dinamarca, bisneto da rainha Victoria (como a própria rainha Elizabeth II), nasceu em uma mesa de cozinha na ilha de Corfu, em 10 de junho de 1921.

Pouco mais de um ano depois, em dezembro de 1922, foi retirado da ilha em uma caixa de laranjas com o restante da família em um navio britânico. Na ocasião, o tio dele, o rei Constantino I da Grécia, avô da rainha da Espanha, teve que partir para o exílio.

Nesta foto de arquivo de agosto de 1951, a princesa Elizabeth está com seu marido, o duque de Edimburgo e seus filhos, o príncipe Charles e a princesa Anne, na residência do casal em Londres — (Foto: Eddie Worth/AP/Arquivo)

Após uma infância errante e uma longa estadia em um pensionato austero da Escócia, ingressou na Marinha britânica e teve participação ativa na Segunda Guerra Mundial.
Depois do casamento, em 1947, com a então jovem princesa Elizabeth, Philip Mountbatten foi enviado a Malta, mas a meteórica ascensão militar foi interrompida pela subida ao trono da esposa, em 1952, o que o obrigou a renunciar à carreira.

“Estando casado com a rainha me parecia que deveria servi-la da melhor maneira possível”, disse certa vez numa entrevista à TV.

Espontaneidade inadequada

Desde então, ele desempenhava um papel secundário ao lado da monarca, a qual acompanhava em visitas oficiais. Mesmo assim, sempre foi alvo constante da imprensa devido a comentários espontâneos e, ao mesmo tempo, inadequados – e muitas vezes racistas.

Em 1986, por exemplo, aconselhou estudantes britânicos na China a não permanecerem muito tempo no país se não quisessem terminar com os “olhos rasgados”.

Durante uma visita à Austrália em 2002 perguntou a um aborígene se “ainda disparava flechas”. Em uma ocasião, um menino disse que gostaria de ser astronauta e o duque respondeu: “Nunca poderá voar, está muito gordo”.

Ao ser questionado se gostaria de visitar a União Soviética, respondeu: “Eu gostaria muito de ir à Rússia, mas os bastardos assassinaram metade da minha família” (em referência ao destino dos Romanov).

A um professor de autoescola escocês, o príncipe perguntou: “Como você faz para manter os nativos suficientemente longe da bebida para aprová-los no exame?”

Apesar de tudo, ganhou a simpatia dos britânicos com o trabalho de incentivador de quase 800 organizações.

Casamento sólido

Elizabeth e Philip casaram-se no dia 20 de novembro de 1947. Eles se conheceram em 1939, quando Philip da Grécia tinha 18 anos e a então princesa, 13. A futura rainha, apelidada de “Lilibet”, contou mais tarde que sentiu amor à primeira vista pelo louro alto de olhos azuis. Ele, por sua vez, nunca confessou se o sentimento foi recíproco.

 “É a atração dos opostos: ela é séria, tímida, introvertida; ele, ao contrário, gosta de gente e da vida social, sendo muito divertido. Enfim, se complementam”, assinalou Marc Roche, autor da biografia “A última rainha”.

Com a prematura morte do rei George VI, Elizabeth subiu ao trono aos 25 anos. Philip tornou-se príncipe consorte, à sombra da esposa; foi até obrigado a mudar o sobrenome, Mountbatten, porque, segundo Winston Churchill, soava muito alemão, numa época de guerra.

Philip Mountbatten, em foto de julho de 1947 — Foto: AP/Arquivo

“O príncipe Philip é o único homem em todo o mundo que trata a rainha como um simples ser humano”, contou certa vez o ex-secretário privado de Elizabeth II, Lord Charteris. “É o único que se pode permitir. E isso agrada a ela”, acrescentou.

A solidez da “associação” que formaram contribuiu, em boa medida, para a estabilidade da monarquia britânica nas últimas seis décadas.

“A rainha e o príncipe formaram uma parceria de trabalho extraordinária, mas seriam felizes?”, escreveu Gyles Brandreth no best-seller “Philip e Elizabeth, retrato de um matrimônio”.

“A principal lição que aprendemos é que a tolerância é um ingrediente essencial de qualquer casamento feliz”, disse Philip em um discurso em 1997.

Segundo ele, a tolerância já é importante quando as coisas vão bem, “mas é absolutamente vital quando as coisas ficam difíceis: pode acreditar em mim que a rainha tem a qualidade da tolerância em abundância.

Trajetória

 

Philip nasceu em Corfu em 10 de junho de 1921, com os títulos de príncipe da Grécia e Dinamarca. Quando tinha 18 meses, seu tio rei da Grécia foi obrigado a abdicar, e seu pai foi exilado do país após a guerra greco-turca. Junto aos seus pais e suas quatro irmãs, Philip fugiu a bordo de um navio do Exército britânico.

 

Após estudar em um internato na Escócia, em 1939 entrou no Royal Naval College de Dartmouth, no sul da Inglaterra. Foi nessa época que conheceu a então princesa Elizabeth, com quem tem quatro filhos: Charles, Anne, Andrew e Edward.

Famoso por seu caráter forte, mas também por suas gafes e piadas de mau gosto, o príncipe Philip era casado desde 20 de novembro de 1947 com Elizabeth II, cinco anos mais jovem que ele e rainha desde 1952, o príncipe Philip quebrou o recorde de longevidade para todas os cônjuges de monarcas britânicos em 2009.

 

Tendo participado de mais de 22 mil compromissos públicos oficiais desde a ascensão de sua esposa ao trono em 1952, o duque se aposentou da vida pública em agosto de 2017.

 

Desde então, foi hospitalizado várias vezes, a penúltima, em dezembro de 2019, por “problemas de saúde pré-existentes”.

 

Em janeiro de 2019, ele se envolveu em um acidente de carro quando o Land Rover que conduzia bateu em outro veículo ao sair de uma estrada perto de Sandringham. Philip saiu ileso, mas foi forçado a parar de dirigir.

 

O príncipe Philip foi hospitalizado em fevereiro por “precaução” após sentir-se mal. O Palácio de Buckingham especificou alguns dias depois que essa hospitalização se devia a uma infecção.

 

Seu filho Charles o visitou no primeiro fim de semana de hospitalização.

 

Devido à pandemia do coronavírus, ele passou o último ano confinado no Palácio de Windsor com a rainha, exceto por uma estadia de verão em seu castelo escocês de Balmoral.

 

A monarca e seu marido foram vacinados em janeiro contra a covid-19. Elizabeth II não visitou o duque no hospital.

 

O príncipe Philip faleceu aos 99 anos em 9 de abril de 2021, durante a manhã no Castelo de Windsor.

Em nota, o Palácio de Buckingham disse: “É com muito pesar que a Vossa Majestade, a rainha, anuncia a morte de seu querido marido, o príncipe Philip, duque de Edimburgo. Vossa Majestade faleceu em paz nesta manhã no Castelo de Windsor”.

(Fonte: https://noticias.r7.com/internacional – INTERNACIONAL / FAMÍLIA REAL / Do R7 – 09/04/2021)

(Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2021/04/09 – MUNDO / NOTÍCIA / Por G1 – 09/04/2021)

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