Norman Foster, arquiteto britânico vencedor do prêmio Pritzker.
Reconhecido por seu estilo ousado e por sua preocupação com o meio ambiente, Norman Foster ajudou a escrever a história da arquitetura e tornou-se uma de suas referências máximas. Em seus 40 anos de profissão, o renomado arquiteto inglês alcançou vários recordes, do edifício mais alto do mundo até o mais caro, ganhou todos os prêmios importantes da arquitetura e até título de nobreza em 1999 foi honrado com o título de Lord Foster of Thames Bank pela rainha da Inglaterra.
Muitos edifícios de escritórios e aeroportos em todo o mundo são construídos de acordo com as ideias que ele formulou no início de sua carreira, com o aeroporto Stansted, de Londres e um edifício de escritórios em Ipswich, também na Inglaterra. Mas essas construções são até modestas em comparação com os projetos em que ele e sua empresa, a Foster & Partners, estão trabalhando hoje. Sua obra vai desde um espaço público no British Museum até pontes e viadutos, como a Millenniun Bridge e o Millau Viaduct. Cidades inteiras lhe foram encomendadas, fazendo a máquina de arquitetura Foster se movimentar cada vez mais rápido, deixando suas pegadas por todo o mundo. Seu escritório tem unidades em mais de vinte países e suas criações estão presentes nos cinco continentes.
Além do apelo estético, as obras de Lord Foster caracterizam-se pela utilização de soluções tecnologicamente inovadoras, com sistemas construtivos semelhantes aos adotados na indústria pesada. Nunca, em nenhum momento da história da construção, é possível esquecer a tecnologia. Ela está implícita, embutida, é endêmica e fundamental para a criação dos espaços, afirma Foster. O arquiteto também investe muito em sustentabilidade, um assunto que está em evidência nos dias de hoje, mas que está no pensamento de Foster há muito tempo. Ele sempre se preocupa com a interação do edifício com o ambiente, sua localização e função, sistemas e materiais utilizados, e a energia necessária para a sua construção e manutenção.
Um bom exemplo é o edifício-sede do Commerzbank, em Frankfurt, que foi a primeira torre comercial ecológica do mundo. O altíssimo arranha-céu utiliza metade da energia que uma torre convencional despenderia para um bom funcionamento. A busca pela sustentabilidade também fica evidente no Reichstag – o novo parlamento alemão – onde as soluções utilizadas levam a 94% de redução na emissão de CO2. Toda a energia utilizada no edifício é proveniente de biocombustível, e a geração de energia desta maneira produz calor que é armazenado na forma de água quente em um reservatório localizado a 300 m abaixo da terra, e que pode ser bombeada para o aquecimento do edifício.
Norman Foster conseguiu, dentro dos princípios da arquitetura, de forma e função, fazer uma leitura contemporânea em seus projetos, tornando-se um dos maiores ícones de genialidade e inteligência construtiva da atualidade.
(Fonte: http://www.opusic.com.br/opus-experience)