Gallinari, um dos brigadistas que sequestrou Aldo Moro
Prospero Gallinari integrou o comando das Brigadas Vermelhas, movimento armado de esquerda que sequestrou e executou o ex-chefe do governo italiano.
Prospero Gallinari, militante que integrou o comando das Brigadas Vermelhas (BV), movimento armado de extrema-esquerda que sequestrou e executou o ex-chefe do governo italiano, Aldo Moro, em 1978.
O brigadista, que foi libertado da prisão em 1997 devido a graves problemas cardíacos, pode ter sido – segundo uma hipótese ainda debatida – a pessoa que executou o político democrata-cristão.
O brigadista foi condenado em 1983 à prisão perpétua como um dos membros do grupo que reteve Moro durante 55 dias, entre março e maio de 1978, junto com os demais brigadistas Anna Laura Braghetti, Mario Moretti e Germano Maccari.
Gallinari participou do sequestro de Moro em Roma, abrindo fogo com uma metralhadora contra o veículo de escolta, e disparando contra os cinco seguranças, que morreram nas mãos do comando.
Seu papel na execução de Moro é alvo de debate. Vários arrependidos atribuíram a ele o disparo fatal, mas Mario Moretti reivindicou o fato.
Depois do caso Moro, que estremeceu a Itália, Gallinari foi detido em setembro de 1979, depois de um tiroteio com a polícia em Roma, no qual resultou seriamente ferido.
Foi um dos irredutíveis do terrorismo até 1988, quando assinou, com outros detentos, um manifesto anunciando que “a luta armada contra o Estado terminou”.
Vítima de várias crises cardíacas na prisão, foi operado do coração.
Gallinari morreu de uma crise cardíaca, anunciou dia 13 de janeiro de 2013 a polícia italiana.
Gallinari, de 62 anos, foi achado morto na garagem de sua casa em Reggio Emilia (centro).
(Fonte: http://exame.abril.com.br/mundo/noticias – ROMA – MUNDO – Itália – 14/01/2013)