Mito espanhol do século XX.
Rafael Alberti (nasceu em El Puerto de Santa María, Cádis, Espanha, em 16 de dezembro de 1902 – faleceu em Puerto de Santa María, Cádis, em 28 de outubro de 1999), poeta espanhol. Autor de obras como Marinheiro em Terra e Sobre Los Angeles, Albert é o único sobrevivente da chamada Geração de Poetas de 1927, influente nos anos 20 e 30.
O poeta Rafael Alberti, o último sobrevivente da Geração de 27, membro do Partido Comunista Espanhol, exilou-se em 1933, depois que as forças nacionalistas do futuro ditador Francisco Franco venceram a Guerra Civil Espanhola.
A Geração de 27 foi formada por um grupo artístico que incluiu Federico García Lorca, Juan Ramón Jiménez e Jorge Guillén, e teve laços estreitos com artistas como Pablo Picasso e Salvador Dali.
Alberti, membro do Partido Comunista Espanhol, exilou-se em 1933, depois que as forças nacionalistas do futuro ditador Francisco Franco venceram a Guerra Civil Espanhola.
O poeta regressou ao país em 1977, dois anos após a morte de Franco, quando a democracia começava a ser restaurada. Seu retorno do exílio foi visto por muitos como uma ponte entre o passado ditatorial espanhol e seu futuro democrático.
“Fui com o punho cerrado e regresso com a mão aberta como símbolo de paz e fraternidade entre todos os espanhóis”, declarou ao voltar.
Alberti, autor de poesia, prosa e teatro, ganhou o Prêmio Nacional de Literatura em 1925, o Prêmio Nacional de Teatro em 1980 e o Prêmio Cervantes em 1983.
Rafael Alberti é o poeta espanhol que melhor representa as atribulações e aventuras literárias, sociais e políticas do século XX espanhol. Teve, ao lado de Frederico García Lorca, um papel dinamizador e central na chamada “Generación artística del 27”, da qual figuram nomes como Luís Buñuel, Salvador Dalí ou García Lorca. A nível internacional atuou como elo entre vários intelectuais europeus e como amigo íntimo de Pablo Neruda, Vinicius de Moraes, Louis Aragon, Elsa Triolet (1896-1970), Picasso, Ilya Ehrenburg (1891-1967) e muitos outros.
Nunca chegou a terminar os seus estudos de bacharel, porque para além de poeta, foi pintor, dramaturgo, guionista e, durante a guerra civil Espanhola, responsável pela salvaguarda das telas do Museu do Prado dos bombardeamentos da aviação franquista.
Foi um viajante assíduo e, contra a sua vontade, um exilado mais assíduo ainda dada a sua devoção ao Partido Comunista de Espanha e a sua participação ativa na Guerra Civil Espanhola (1936-1939) em favor da II República. Viveu exilado 38 anos, dos quais, quase um ano em Paris e quatorze em Roma. Isto levou-o, em coerência com o seu carácter explorador e eclético, a escrever poemas em várias línguas ou diretamente na dupla versão do original.
No seu regresso a Espanha em 1977, ao descer as escadas do avião, face a um considerável grupo de jornalistas (congregados ali para a ocasião), pronunciou a frase que viria a definir, mais tarde, o espírito de transição pacífica para a democracia no seu país: “Sai de Espanha com o punho fechado e regresso com a mão aberta em sinal de concórdia entre todos os espanhóis”.
Primeira entrevista de Rafael Alberti na televisão após o seu regresso do exílio: ainda confunde palavras espanholas com italianas e vice versa.
Rafael Alberti morreu em sua cidade natal de Puerto Santa María, perto de Cádiz no norte do país, vítima de problemas pulmonares, que o levaram a ser hospitalizado várias vezes em anos recentes. Sua segunda mulher, María Asunción Mateos, estava a seu lado quando morreu.
(Fonte: Revista Veja, 24 de janeiro, 1996 – ANO 29 – N° 4 – Edição 1428 – DATAS – Pág; 92)
(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br – FOLHA DE S. PAULO – ILUSTRADA/ Da AP – Em Madri – 28/10/1999)
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El combatiente
Alberti: poeta nacional
Rafael Alberti (El Puerto de Santa María, Cádis, Espanha, 16 de dezembro de 1902 – Puerto de Santa María, Cádis, 28 de outubro de 1999), poeta, pintor, dramaturgo, deputado, militante esquerdista. A versatilidade foi a marca de Rafael Alberti, consagrado como o poeta nacional da Espanha. Autor de obras como Marinheiro em Terra e Sobre Los Angeles, Albert é o único sobrevivente da chamada Geração de Poetas de 1927, influente nos anos 20 e 30. Foi um viajante assíduo e, contra a sua vontade, um exilado mais assíduo ainda dada a sua devoção ao Partido Comunista de Espanha e a sua participação activa na Guerra Civil Espanhola (1936-1939) em favor da II República.
Era o último membro vivo da Geração de 27, responsável pela profunda experimentação artística que vingou na Espanha nos anos 20. Dela fizeram parte o poeta Federico García Lorca, o cineasta Luis Buñuel e o pintor Salvador Dalí. Suas obras mais conhecidas foram Marinero em Tierra e Sobre los Angeles. Durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939), fez parte, ao lado de Pablo Neruda, do grupo de intelectuais que lutou contra o fascismo. Deixou o país após a guerra e só retornou quarenta amos mais tarde. Membro do Partido Comunista, desgostou-se da política e voltou a escrever somente no final dos anos 70. Alberti morreu no dia 28 de outubro de 1999, aos 96 anos de parada cardiorrespiratória. Estava em sua casa em El Puerto de Santa Maria. Como era seu desejo, seu corpo foi cremado e as cinzas espalhadas na Baía de Cádiz.
(Fonte: Revista Veja, 24 de janeiro, 1996 – ANO 29 – N° 4 – Edição 1428 – DATAS – Pág; 92)
(Fonte: Revista Veja, 3 de novembro, 1999 – ANO 32 – N° 44 – Edição 1622 – DATAS – Pág; 134)