Ravi Shankar (Varanasi, Utar Pradesh, 7 de abril de 1920 – San Diego, 11 de dezembro de 2012), músico e compositor que ajudou a introduzir a cítara para o mundo ocidental através de suas colaborações com os Beatles.
Ele era muito amigo do ex-beatle George Harrison, de quem foi professor.
Shankar, um vencedor de três Grammys com aparições lendárias no Festival de Monterey e Woodstock.
Shankar viveu na Índia e nos Estados Unidos. Ele também é lembrado por sua filha, a cantora de jazz americana Norah Jones.
Shankar realizou seu último show com sua filha Anoushka Shankar em 4 de novembro, em Long Beach, na Califórnia.
Shankar popularizou a música indiana através de seu trabalho com o violinista Yehudi Menuhin e com os Beatles na década de 1960.
Trajetória
Ravi Shankar nasceu em Varanasi, no estado indiano de Utar Pradesh, em 7 de abril de 1920. Seu pai, V. Lakshinarayana, era professor de violino em seu país, o que contribuiu para que Shankar começasse a tocar esse instrumento quando tinha 5 anos.
Uma década depois, deixou a Índia para viajar a Paris com a companhia de dança do seu irmão Uday. Em 1936, começou a estudar a sitar, instrumento tradicional indiano, sob a direção de Ustad Allauddin Khan, e pouco depois começou a fazer excursões por Europa e Estados Unidos.
Alcançou a fama no Ocidente graças a sua amizade com o beatle George Harrison, de quem foi professor após conhecê-lo em 1966. Os Beatles chamavam Shankar de “padrinho da música mundial”.
Em 1967, realizou seu primeiro dueto com o violinista Yehudi Menuhin, com o qual posteriormente colaborou em várias ocasiões.
Em 1969, viajou aos EUA com a intenção de aprofundar-se na música do Ocidente e, ao mesmo tempo, popularizar a música hindu. Dois anos mais tarde, a pedido da London Symphony, compôs um concerto que estreou no Royal Festival Hall, na capital inglesa.
Em 1976, começou a colaborar com o guitarrista John McLaughlin, com quem fundou o grupo Shakti, trabalhou na One Truth Band e gravou o álbum “Touch me there”, sob a direção de Frank Zappa.
A atividade musical de Ravi Shankar foi intensa, tendo destaque também como compositor. É autor de dois concertos para sitar e orquestra, além de músicas para balés e trilhas sonoras para filmes.
O músico indiano protagonizou o filme “Raga”, centrado em sua vida, e em 1978 publicou o livro autobiográfico “My life, my music”.
Vida pessoal
O artista, que morava no sul da Califórnia, era casado com Sukanya Rajan e tinha duas filhas – Norah Jones e Anoushka Shankar Wright -, três netos e quatro bisnetos.
Seu primeiro casamento, com a filha do músico Ustad Allauddin Khan, Annapurna, terminou em divórcio em 1982, após anos de separação nos quais manteve relações sentimentais com Kamala Chakravarty e Sue Jones, mãe de Norah Jones.
Por fim, se casou em 1989 com Sukanya Rajan, com quem viveu desde então entre San Diego e Nova Délhi. Em 1992, seu filho Shubho, também sitarista, morreu repentinamente aos 50 anos.
Shankar morreu aos 92 anos em 11 de dezembro de 2012 no Scripps Mercy Hospital, em San Diego.
Shankar sofreu problemas respiratórios e cardíacos em 2011 e foi submetido a uma cirurgia para substituição de válvula cardíaca no final de novembro de 2012. A operação foi bem-sucedida, mas ele não foi capaz de se recuperar.
Na véspera da cirurgia, ele foi indicado para um Grammy por seu álbum mais recente “The living room sessions, parte 1”.
(Fonte: http://oglobo.globo.com/cultura – LOS ANGELES – CULTURA – O Globo com agências internacionais (Email -Facebook – Twitter) – Publicado: 12/12/12)
(Fonte: http://g1.globo.com/musica/noticia/2012/12 – Música – Do G1, com agências internacionais – 12/12/2012)