Raymond Barre (Saint-Denis, Ilha da Reunião, no oceano Índico, 12 de abril de 1924 – Paris, 25 de agosto de 2007), reputado economista e ex-primeiro-ministro francês.
O ex-primeiro-ministro deixou a política ativa em 2002, após desempenhar vários postos de responsabilidade nas presidências do general Charles de Gaulle e de Giscard dEstaing.
O ex-primeiro-ministro deixou a política ativa em 2002, após desempenhar vários postos de responsabilidade nas presidências do general Charles de Gaulle e de Giscard d”Estaing.
Assumiu a chefia do Governo em agosto de 1976, após a renúncia de Jacques Chirac. Conservou as rédeas do Executivo até 1981, quando o socialista François Mitterrand chegou ao Palácio do Eliseu.
Em 1988, Barre disputou as eleições presidenciais. Mas, com 16,53% dos votos, ficou atrás de Mitterrand e Chirac. Nascido na a Ilha da Reunião, no oceano Índico, em 12 de abril de 1924, Barre foi eleito deputado pela primeira vez em 1978, e reeleito até 2002. Foi um reconhecido economista, professor devárias universidades e autor de livros de referência.
Deu seus primeiros passos na política em 1959, nomeado chefe de gabinete do ministro da Indústria e Comércio Jean-Marcel Jeanneney. De Gaulle indicou seu nome em 1967 para vice-presidente daComissão Europeia como encarregado de assuntos econômicos e financeiros. Ocupou o cargo até 1972.
Giscard d”Estaing, que via em Barre o melhor economista da França, foi responsável pela sua nomeação como ministro do Comércio Exterior, em janeiro de 1976, no Gabinete encabeçado por Chirac.
Quando o primeiro-ministro apresentou a sua renúncia, em agosto do mesmo ano, o presidente entregou a Barre o comando do Executivo.
A crise do petróleo forçou uma política de austeridade, que não foi capaz de reduzir o crescente desemprego nem a galopante inflação. O cenário contribuiu para a vitória de Mitterrand, em 1981.
No fim do primeiro mandato do presidente socialista e apoiado em pesquisas favoráveis, Barre se lançou à disputa do Palácio do Eliseu. Mas foi superado por um jovem e dinâmico Chirac.
Afastado da vida política nacional, Barre foi conselheiro regional de Ródano-Alpes entre 1986 e 1992 antes de ser eleito prefeito de Lyon em 1995, mantendo o cargo aé 2001.
Raymond Barre morreu em 25 de agosto de 2007, aos 83 anos, no hospital militar Val-de-Grace, em Paris. Barre, que vivia no sudeste da França, tinha sido transferido de Mônaco ao hospital da capital no dia 11 de abril, devido a um problema cardíaco. Ele sofria de insuficiência renal há anos.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, chamou Barre de “um personagem à parte” entre os políticos e um “espírito livre e independente”. Ele destacou a constante fidelidade do ex-primeiro-ministro e prefeito de Lyon a “suas convicções européias, liberais e sociais”.
“Foi um representante eminente da escola francesa de ciência econômica, que teve a vontade de pôr seu conhecimento ao serviço do país”, acrescentou o conservador Sarkozy, em comunicado do Palácio do Eliseu.
“A França acaba de perder um de seus melhores servidores”, afirmou Valéry Giscard dEstaing, o presidente da França que nomeou Barre como primeiro-ministro, em 1976. Barre “era um homem de Estado que não perseguia nenhum objetivo pessoal, e sim o bem-estar da França”, usando para isso a sua “competência excepcional e dedicação ao trabalho”, acrescentou.
(Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI1866290-EI8142,00- NOTÍCIAS – MUNDO – EUROPA – 29 de agosto de 2007)
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(Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/internacional – Notícias – Internacional – Efe – 25 de agosto de 2007)
Raymond Barre, opaco tecnocrata das finanças sem filiação partidária, que até então ocupava o cargo de ministro do Comércio Exterior, assumiu o cargo de primeiro-ministro no governo escolhido pelo presidente Valery Giscard d’Estaing para ser o primeiro-ministro, em agosto de 1976. Giscard disse na época que Barre era o “melhor economista da França”.
A escolha de Barre quebrava uma longa tradição: pela primeira vez nos últimos dezoito anos, a França teria um chefe de governo não pertencente ao movimento gaullista.
(Fonte: Veja, 1º de setembro de 1976 – Edição 417 – FRANÇA – Pág: 32)