Raymond Dart, anatomista e antropologista australiano.

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Raymond Dart (Brisbane, Austrália, 4 de fevereiro de 1893 – 22 de novembro de 1988), anatomista e antropologista australiano.

Raymond Dart descreveu, em 1924 uma nova espécie de hominídeo, o Australopithecus africanus, a partir de um crânio fóssil encontrado em Taung na Bechuanalândia (antigo nome do atual Botswana).

Nascido em Toowong, Brisbane, na Austrália, em fevereiro de 1893, ele estudou nas universidades de Queensland, Sydney e no University College de Londres. Em 1922 Dart foi nomeado chefe do novo departamento de anatomia da Universidade de Witwatersrand em Johannesburg, na África do Sul.

Em 1924, um aluno trouxe-lhe o crânio fossilizado de um babuíno descoberto numa pedreira perto da Universidade, em Taung. Isto despertou o interesse de Dart que solicitou que novas descobertas similares lhe fossem trazidas. A primeira a chegar foi o rosto e um maxilar de um crânio fossilizado cravado na rocha. Inicialmente pensou que os ossos pertencessem a um símio mas depois concluiu que os dentes e o maxilar pareciam humanos. Dart demorou 73 dias a remover os ossos incrustados na rocha.

Um exame mais minucioso levou-o a concluir que se tratava de um jovem. Dart atribuiu ao fóssil o nome Australopithecus africanus, que significa “macaco do Sul da África” e alcunhou-o de “Rapaz de Taung”.

Embora o cranio tivesse o tamanho do de um macaco, Dart estava convencido, pela forma como este assentava sobre a coluna vertebral, que a criatura deveria ter caminhado sobre duas pernas, sendo assim um hominídeo.

Portanto, Dart considerou o Australopithecus africanus uma espécie nova e, possivelmente o “elo perdido” da evolução entre os símios e os seres humanos, devido ao pequeno volume do seu crânio, mas com uma dentição relativamente próxima dos humanos e por ter provavelmente uma postura vertical.

Esta revelação foi muito criticada pelos cientistas da época, entre os quais Sir Arthur Keith, que postulava que o “crânio Infantil de Taung” não passava do crânio de um pequeno gorila. Como o crânio era realmente dum jovem, havia espaço para várias interpretações e, mais importante, nessa altura não se acreditava que o “berço da humanidade” pudesse estar em África.

As descobertas de Robert Broom em Swartkrans, na década de 1930 corroboraram a conclusão de Dart, mas algumas das suas ideias continuam a ser contestadas, nomeadamente a de que os ossos de gazela encontrados junto com o crânio podiam ser instrumentos daquela espécie.

Raymond Dart continuou como diretor da Escola de Anatomia da Universidade de Witwatersrand, até 1958 e, em 1959 escreveu a suas memórias, a que chamou “Aventuras com o Elo Perdido”. O Instituto para o Estudo do Homem na África foi fundado na Wits em sua homenagem.

(Fonte: Super Interessante – ANO 13 – Nº 2 – Fevereiro de 1999 – Dito & Feito – Pág; 90)
(Fonte: O Despertar da Cultura – Richard G. Klein e Blake Edgar – Pág: 141)
(Fonte: Super Interessante – Junho de 2001 – Quem Foi? O médico Eugene Dubois/ Por Alessandro Greco, autor do livro Homens de Ciência)
(Fonte: http://br.answers.yahoo.com/question)

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