Raymond Goethals, ex-treinador belga de futebol, técnico do Olympique de Marselha no título da Liga dos Campeões de 1993

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FEZ DO MARSELHA CAMPEÃO EUROPEU

Técnico estrela da Europa

 

MAIS FAMOSO TREINADOR BELGA

 

 

Raymond Goethals (7 de outubro de 1921 – 6 de dezembro de 2004), ex-treinador belga de futebol, técnico do Olympique de Marselha no título da Liga dos Campeões de 1993.

 

 

Goethals ganhou o troféu com o Olympique de Marselha, em 1993, naquela que foi a primeira edição do atual formato da Liga dos Campeões.

 

 

Apelidado “Raymond, a Ciência”, Goethals foi um dos grandes nomes do futebol belga, com vários títulos conquistados ao serviço do Standard de Liège, do Anderlecht e dos franceses do Olympique de Marselha.

 

 

O treinador belga estava retirado desde 1995 (data da última passagem pelo Anderlecht) e, até 2003, dava formação a técnicos da federação belga.

 

Como grandes feitos na sua carreira destacam-se a conquista da Taça das Taças pelo Anderlecht, em 1977/78, da Liga dos Campeões, em 1992/93, ao serviço do Marselha – a primeira taça europeia conquistada por um clube francês – e a classificação da seleção da Bélgica no terceiro lugar do Europeu de 1972.

 

 

Em 1984, o treinador belga comandou o Vitória de Guimarães, em substituição do austríaco Herman Stessl. Em Portugal Goethals nunca orientou a sua equipa a partir do gramado devido a um processo disciplinar, tendo sido obrigado pela Federação Portuguesa de Futebol a sentar-se sempre na bancada.

 

 

Fumador inveterado, conhecido pelo acentuado sotaque de Bruxelas e sentido de humor, Goethals foi brindado com alcunhas tão sugestivas como “Mago Belga”, “Raymond-Ciência” ou “Colombo” (por usar um sobretudo como o ator Peter Falk, da homônima série televisiva).

 

 

Exílio em Portugal

 

 

Em 1985, o “mago belga”, face a um escândalo de apostas, foi banido de treinar na Bélgica e rumou a Guimarães, para orientar o Vitória. O atual treinador da equipa da Cidade-Berço, Manuel Machado, teve o privilégio de trabalhar com Goethals, tendo na altura sido promovido dos escalões de formação para o futebol profissional, pela mão do belga.

 

 

“Eu falava francês e Goethals procurava um preparador físico, por isso fui o escolhido. Goethals era uma referência no futebol mundial. Trabalhou para os melhores clubes da altura. Para mim, foi um mestre e uma referência profissional que ainda hoje mantenho. Guardo óptimas recordações da convivência com ele e sei que lhe devo muito do que sou ao nível profissional.”

Raymond Goethals faleceu em 6 de dezembro de 2004, aos 83 anos de idade, vítima de cancro.

 

O primeiro-ministro belga, Guy Verhofstadt, encabeçou uma comitiva composta por centenas de personalidades do mundo do futebol belga e do desporto em geral, que quiseram prestar a última homenagem ao técnico mais laureado da história do país e o único que conseguiu o título de campeão europeu para um clube francês.

O ex-presidente do Marselha, Bernard Tapie, prestou tributo a Goethals: “Estou infeliz, muito infeliz. Raymond era mais que um treinador. Conhecia o futebol pelo coração. Tinha um sentido inimaginável para detectar bons jogadores. Humanamente era fabuloso”.

(Fonte: https://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2004/12/21 – Internacional / Por PARIS (AFP) – 21 dez 2004)

(Fonte: https://www.record.pt/internacional/detalhe – INTERNACIONAL – 07 dezembro 2004)

(Fonte: https://www.publico.pt/2004/12/13/desporto/noticia – LUSA – 13 de Dezembro de 2004)

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