Joseph E. Murray (Milford, Massachusetts, 1 de abril de 1919 – Boston, 26 de novembro de 2012), cirurgião americano que desenvolveu a técnica de transplante de órgãos e levou o Nobel de Medicina e Fisiologia de 1990, realizou o primeiro transplante de rim em 1954, contou com a ajuda de um importante produto da química para chegar ao prêmio – uma droga chamada ciclosporina, desenvolvida nos anos 70 e posta em uso no início dos anos 80. Um remédio que combate a rejeição. Com isso, os transplantes puderam ser feitos de maneira mais segura e arquivaram técnicas em desenvolvimento, como a implantação de órgãos artificiais.
Atribui-se ao cirurgião Joseph Murray o pioneirismo em todo tipo de transplante de órgãos, porque foi ele quem mostrou pela primeira vez que os transplantes têm eficácia quando doador e receptor são irmãos gêmeos. Nos anos 50 Murray começou a pesquisar técnicas de transplantes renais em animais de laboratório.
Foi em dezembro de 1954 que ele deu o passo que lhe valeria o Prêmio Nobel de 1990. Murray levou a cabo o primeiro transplante renal entre seres humanos. O doador e o receptor eram gêmeos idênticos. Pela primeira vez, um médico driblava a rejeição do órgão transplantado. Murray sempre acreditou que o problema da rejeição seria resolvido – e o tempo lhe deu razão.
(Fonte: Veja, 17 de outubro de 1990 – ANO 23 – Nº 41 – Edição 1152 – PRÊMIO NOBEL – Pág: 82)