Renato Barros, líder da banda Renato e Seus Blue Caps, um herói da guitarra no exército da juventude brasileira dos anos 1960
Um dos reis do iê iê iê tupiniquim, artista deixa legado como músico líder dos Blue Caps e como compositor de sucessos de Roberto Carlos.
Renato Cosme Vieira de Barros (27 de setembro de 1943 – 28 de julho de 2020), vocalista da banda Renato e Seus Blue Caps
Quando esse tal de rock’n’roll contagiou o mundo e chegou ao Brasil, disseminado pelos Estados Unidos a partir de 1956, um exército da juventude foi formado no país para fundar uma nação pop brasileira.
O carioca Renato Barros foi um dos primeiros a se alistar voluntariamente nesse exército para combater com o rock a música da geração dos pais que jovens garotos como ele – cheios de adrenalina e vontade de mudar o mundo – julgavam letal para as novas gerações.
Herói da guitarra, o cantor e compositor Renato Barros ajudou a fundar e a defender a nação que, ao longo dos anos 1960, inseriu o Brasil no universo pop. Renato Barros integrou o exército da juventude como vocalista, compositor e guitarrista do conjunto Renato e seus Blue Caps.
Embora associado sobretudo à Jovem Guarda, movimento pop iniciado em 1965 com Roberto Carlos à frente da revolução estética e musical propagada pela TV, o grupo Renato e seus Blue Caps descende da paixão de três irmãos da família carioca Vieira de Barros – Renato, Paulo César e Edson, futuramente conhecido como Ed Wilson (1945 – 2010) – pelo rock dos Estados Unidos.
Foi como Os Bacaninhas da Piedade que eles entraram em cena, em programas de rádio dos anos 1950, antes de virarem Renato e seus Blue Caps a partir de 1959. Edson logo saiu do grupo para se tornar Ed Wilson, mas Paulo César Barros (baixo) seguiu com Renato Barros ao longo de trajetória que completa 60 anos em 2020 se tomado como ponto de partida a gravação do primeiro disco do grupo em 1960.
Contratado em 1964 pela CBS, gravadora que concentrou a maior parte do elenco de ídolos da Jovem Guarda, Renato Barros se tornou com seus Blue Caps o conjunto designado pela companhia para tocar em discos de estrelas como Wanderléa, Jerry Adriani (1947 – 2017) e, claro, Roberto Carlos.
E aí, então, começou de fato a escalada de sucesso de Renato Barros como herói da guitarra (turbinada com os efeitos do pedal fuzz) e como ícone da juventude pop do Brasil dos anos 1960.
O primeiro álbum – sintomaticamente intitulado Viva a juventude! – saiu em 1965 e apresentou Negro gato (Getúlio Cortes), composição que seria popularizada por Roberto Carlos em gravação de 1966, em repertório que destacou sobretudo Menina linda, versão em português de Renato Barros para I should have known better (John Lennon e Paul McCartney, 1964), canção dos Beatles.
Sucesso nos anos 1960
Segundo ele, o produtor musical Carlos Imperial pedia para que eles aprendessem a tocar as músicas da banda inglesa de um dia para o outro.
“A gente não sabia falar inglês e não conseguia decorar as letras, o jeito era inventar em português.. Foi assim que começamos a fazer as versões das músicas dos Beatles”, conta.
(Fonte: https://istoe.com.br – EDIÇÃO Nº 2637 – ISTOÉ GENTE / Da Redação – 24/07/2020)
(Fonte: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2020/07/28 – RIO DE JANEIRO / NOTÍCIA / Por G1 Rio – 28/07/2020)
(Fonte: https://g1.globo.com/pop-arte/musica/blog/mauro-ferreira/post/2020/07/28 – POP & ARTE / BLOG DO MAURO FERREIRA / Por Mauro Ferreira – 28/07/2020)