República do Uganda
A República do Uganda festejou em 9 de outubro de 2013, o quinquagésimo primeiro aniversário da ascensão, em 1962, da independência do regime colonial britânico.
O Uganda foi descoberto em 1862 pelo explorador inglês J. H. Speke e, em 1888, o território cai sob domínio da Grã Bretanha, após ter reprimido, dois anos antes, uma rebelião muçulmana.
Em 1894, a região torna-se protectorado britânico. Colonos brancos instalam fazendas altamente produtivas nas terras férteis do território.
Durante a I Guerra Mundial, o norte do lago Vitória é cenário de batalhas navais entre britânicos e alemães. Depois de uma rebelião, em 1949, o governo colonial britânico concede gradual autonomia à região.
Em 1955 é criado um Parlamento.
O Congresso Popular do Uganda, partido político liderado por Milton Obote, passa a ser a força dominante até que, a 09 de Outubro de 1962, o Uganda conquista a independência.
Sir Edward Mutesa governa o país até Março de 1966 e substituído por Milton Obote, até que, em Janeiro de 1971, um golpe militar liderado pelo general Idi Amin Dada, comandante das Forças Armadas, derruba o governo de Obote e dissolve o Parlamento.
Amin declara-se presidente vitalício em 1976. Seu regime caracteriza-se pela repressão aos opositores.
Em 1973, o Estado rompe relações com os EUA. O isolamento internacional, somado à ineficiência e à corrupção, leva a economia de Uganda ao colapso.
Em 1978, as forças de Amin invadem a Tanzânia, ajudadas pela Líbia. A invasão fracassa, em 1979, e tropas tanzanianas assessoradas por exilados ugandeses ocupam Campala, a capital, e Amin foge do país, até que, em 2003, Amin morre na Arábia Saudita.
Depois de vários governos provisórios, Obote retorna à presidência em 1980. No ano seguinte, a oposição unifica–se na Frente Popular Ugandese e inicia uma guerrilha contra o governo.
Obote é deposto pela segunda vez em Julho de 1985, em um golpe militar que instala no poder o general Tito Okello. No ano seguinte, a guerrilha rompe a trégua com o novo governo e derruba Okello.
Yoweri Museveni, líder de uma das facções rebeldes, o Movimento de Resistência Nacional (MRN), assume o poder e se auto-proclama presidente.
Em 1989, Museveni estende seu mandato por mais cinco anos e proíbe actividades políticas. Em Agosto de 1993 é assassinado no Quénia o líder da oposição no exílio, Amon Bazira.
Em Outubro de 1995 é promulgada a nova Constituição que prevê, para 1999, um referendo sobre a adopção do pluripartidarismo no país.
Em Maio de 1996, Museveni é eleito presidente com 74,2% dos votos. No mês seguinte, os partidários de Museveni ganham a maioria na Assembleia Legislativa.
Em Julho, mais de 90 refugiados sudaneses, abrigados no norte de Uganda, morrem em confronto com o grupo fundamentalista cristão do Uganda (Exército de Resistência do Senhor).
O governo responsabiliza o Sudão pelos ataques. Em Março de 1997, fecha a fronteira com o país vizinho, em represália à acusação de que Uganda abriga guerrilheiros cristãos sudaneses.
O Uganda é um país da África Oriental, atravessado pelo Equador, situa-se junto ao lago Vitória e possui uma superfície de 28.195.754 km2. O país faz fronteira com a Tanzânia e o Rwanda, a sul, a República Democrática do Congo, a oeste, o Sudão, a norte, e o Quénia, a leste.
As principais cidades são Kampala (capital), com 1.280.300 habitantes (2004), Gulu (119.900 hab.), Jinja (91.700 hab.) e Mbale (74.600 hab.).
Grande parte do país está situada no Planalto Central de África, caracterizado pela existência de numerosos vales muito profundos e alongados, de alguns cones vulcânicos e lagos.
Todo o relevo do país está relacionado com as características tectónicas da região dos Grandes Lagos africanos, uma área do globo atravessada por um enorme rifte, que atinge o Médio Oriente. A drenagem do país é feita através dos lagos Vitória, Alberto e Kyoga.
O Uganda tem um clima tropical de altitude.
A agricultura emprega quatro quintos da força de trabalho e é a base da economia ugandesa. Produz café, tabaco, chá, algodão e açúcar. A indústria limita-se à transformação de algumas matérias-primas agrícolas e à produção de sabão, calçado e cimento.
Os principais parceiros comerciais do Uganda são o Reino Unido, o Quénia, a Bélgica e o Japão.
A população era, em 2006, de 28.195 754 habitantes. As taxas de natalidade e de mortalidade são, respectivamente, de 47,35%o e 12,24%o. A esperança média de vida é de 52,67 anos.
O valor do Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,489 e o valor do Índice de Desenvolvimento ajustado ao Género (IDG) é de 0,483 (2001). Estima-se que, em 2025, a população seja de 48.021.000 habitantes.
Existem cerca de 40 étnias que pertencem a três grandes grupos linguísticos, o banto, o nilótico e o nilo-hamítico. As principais etnias são os Gandas (18%), os Tesos (9%), os Nkoles (8%), os Sogas (8%), os Gisus (7%), os Chigas (7%), os Langos (6%) e os Ruandas (6%).
As religiões mais importantes são a católica (39%), protestante (26%), crenças tradicionais (19%) e a muçulmana (15%). O inglês e o suaíli são as línguas oficiais mas o Luganda é a mais falada.
O presidente da República é Yoweri Museveni, no poder desde Janeiro de 1986.
(Fonte: http://www.portalangop.co.ao/angola/pt_pt/noticias/politica/2013/9/41 – 9 Outubro de 2013)