Robert Drew, pioneiro do cinema vérité

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Cineasta tem mais de 100 filmes no currículo, entre eles ‘The chair’ e ‘Faces of november’

Robert L. Drew (Ohio, 15 de fevereiro de 1924 – Sharon, Connecticut, 30 de julho de 2014), pioneiro do cinema vérité, premiado cineasta norte-americano, pioneiro do estilo documentário “cinema direto”, a versão americana do “cinéma vérité” francês.

Drew, fez mais de 100 filmes sobre questões sociais, políticas e das artes durante uma carreira que durou mais de cinco décadas.

Antes de se tornar diretor de documentários, ele se alistou na Força Aérea americana, que o destacou para Nápoles, no final da Segunda Guerra Mundial. Por três meses, Robert Drew ficou escondido nas montanhas para não ser descoberto pelas tropas alemãs, depois que seu avião foi abatido.

Drew, ex-correspondente e editor da revista Life e piloto de caça durante a Segunda Guerra Mundial, ajudou a desenvolver o cinema vérité, um tipo de observação direta, em filmagens que captam a realidade.

Na década de 1960, Drew desenvolveu com seus colaboradores uma câmera e um microfone que permitiam gravar imagens sem roteiro. A técnica dava mais flexibilidade de movimento e permitia captar a realidade sem um narrador principal.

Ele também fundou a empresa de documentários Drew Associates no início dos anos 1960. Muitos de seus filmes foram exibidos na televisão e em festivais internacionais de cinema.

O protagonista do primeiro documentário de Drew, “Primárias” (1960), foi o então senador John F. Kennedy, a quem ele acompanhou durante sua campanha em Wisconsin (norte dos EUA) para a presidência americana.

Junto com suas técnicas de direção inovadoras, Drew também desenvolveu câmeras leves. Seu filme “Primary”, que seguiu John F. Kenney e Hubert Humphrey durante as primárias presidenciais de 1960, foi o primeiro em que foi utilizada uma câmera cinematográfica ‘sync-som’.

Seus filmes mais conhecidos incluem “The Chair”, sobre um criminoso que encontra redenção, e “Faces of November”, um curta sobre o funeral de Kennedy após seu assassinato em 1963, que ganhou um prêmio no Festival de Veneza.

Em 1963, Drew rodou “Crise: por trás de um compromisso presidencial”, sobre a decisão de Kennedy – já presidente – de apoiar os direitos dos americanos negros e de obrigar a Universidade do Alabama (sul) a aceitar dois estudantes.

Em 1969, Drew ganhou o Emmy de melhor documentário por “Man Who Dances”, sobre o estresse sofrido pelo então primeiro bailarino da Ópera de Nova York, o americano Edward Villella.

Antes filmou “Yanki No” (1960), baseado no aumento de um sentimento anti-EUA na América Latina; “The Chair” (1962), sobre um advogado que evitou que um homem fosse executado na cadeira elétrica; e “Jane” (1962), sobre o início da carreira da atriz americana Jane Fonda na Broadway.

Nascido em Ohio (norte), há dois anos ele ficou viúvo de Anne Gilbert Drew, com quem trabalhou durante grande parte de sua trajetória profissional e teve três filhos. Seu primeiro casamento foi com Ruth Faris Drew.

Drew, também ganhou um Emmy em 1969 pelo documentário de ballet “Man Who Dances”.

Robert L. Drew morreu em 30 de julho de 2014, em Sharon, Connecticut, aos 90 anos.

“Ele acreditava na forma pura do cinema vérité. Foi um rigoroso código que permitia a falta de direção dos assuntos, sem configurar filmagens e sem narrador ou correspondente”, explicou o filho Thatcher Drew. Sua mulher, Anne, parceira também no cinema, morreu em 2012.

 

(Fonte: http://cinema.uol.com.br/noticias/reuters/2014/07/30 – ENTRETENIMENTO – CINEMA – Patricia Reaney – De Nova York – 30/07/2014)

(Fonte:  https://br.noticias.yahoo.com-005608464 – ENTRETENIMENTO – 30/07/2014)

 

 

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