Robert Frank, figura muito importante na Arte da Fotografia nos EUA

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Um tocador de tuba tem seu rosto encoberto pelo instrumento, transformando-se numa figura híbrida cujo corpo ostenta um megafone no lugar da cabeça. (Foto: Robert Frank)

Um tocador de tuba tem seu rosto encoberto pelo instrumento, transformando-se numa figura híbrida cujo corpo ostenta um megafone no lugar da cabeça. (Foto: Robert Frank)

 

Robert Frank nascido em Zurique, na Suiça, em 9 de novembro de 1924, é figura muito importante na Arte da Fotografia nos EUA. Seu trabalho mais conhecido é o livro The Americans, com grande influência no meio acadêmico. Pelo que apresentou passou a ser cognominado o Alexis de Tocqueville dos tempos modernos.

O suíço-americano Robert Frank empunhava as lentes com o claro intuito de protestar contra a histeria ufanista nos anos do pós-guerra nos Estados Unidos. Em 1956, durante um comício em Chicago, Frank capturou um flagrante satírico sobre a democracia em seu país. Nele, um tocador de tuba tem seu rosto encoberto pelo instrumento, transformando-se numa figura híbrida cujo corpo ostenta um megafone no lugar da cabeça.

Sua visão cética e diferente, por inusitada, da sociedade americana, mostra também seu espanto diante do que via. No país desde 1947, sua reação foi de espanto à medida que se aprofundava nas contradições da cultura americana, o célebre american way of life com suas disparidades inacreditáveis, ao mesmo tempo românticos, pragmáticos, mercantilistas, generosos e frios.

Uma das provas do grande talento de Frank é o contraste entre seu trabalho europeu que era quase luxuoso, graficamente muito rico, poético, terno. Não há dúvida que sua obra sofreu uma enorme transformação ao entrar em contacto com a cultura americana. Suas fotos passaram a ser secas, enxutas, sem rebuscamentos. Criou um novo estilo. Ele, por assim dizer, se repaginou continuando o mesmo grande artista.

Os temas não surpreenderam. Todos já sabiam sobre lanchonetes de metal e plástico, jukeboxes, longas e infindáveis estradas, saloons, motéis, motocicletas, máquinas para quase tudo, casas de papelão e todo o resto. Mas ninguém tinha pensado nisso como a base de uma iconografia coerente sobre The Americans.

Vai ver foi por isso que as altas camadas da sociedade americana não gostaram do livro… No entanto, com o correr do tempo seu livro tornou-se seminal no estudo da fotografia e também nos cursos de História.

Se Frank não fez sucesso nas esferas que mandavam no país, não há dúvida que o fez entre os membros da intelligentsia americana, sobretudo com os de vanguarda. Foi grande amigo de Allen Ginsberg e Jack Kerouac.

Robert Frank ainda dirigiu filmes documentários, fez fotomontagens, vídeos e viajou muito, sempre fotografando. Suas obras estão em vários dos mais importantes museus de arte moderna, ou específicos de fotografia, pelo mundo todo.

 

(Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2012/11/20 – Obra-Prima do Dia – Fotografia/ por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa – 20.11.2012)

(Fonte: Veja, 24 de março de 1999 – ANO 32 – Nº 12 – Edição 1590 – FOTOGRAFIA/ Por Angela Pimenta – Pág: 148/149)

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