Roberto Bratke, foi um dos responsáveis por transformar a Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini em uma das áreas empresariais mais importantes de São Paulo, ao lado de Francisco Collet e do irmão Carlos Bratke (1942-2017), em 1975, o arquiteto começou a planejar prédios e escritórios

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Roberto Bratke, arquiteto que transformou a Berrini

Roberto Bratke, construtor que transformou a Berrini em polo corporativo

 

 

Roberto Ciampolini Bratke, construtor, arquiteto e urbanista  paulistano.

Ele foi um dos responsáveis por transformar a Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini em uma das áreas empresariais mais importantes de São Paulo.

Ao lado de Francisco Collet e do irmão Carlos Bratke (1942-2017), em 1975, o arquiteto começou a planejar prédios e escritórios e a preparar a drenagem do terreno. Era uma região de várzea próxima à marginal Pinheiros.

O projeto foi de uma urbanização, crescente na década de 1980. Em 1995, os arquitetos já tinham construído 60 edifícios, mais de 800 mil metros quadrados.

A transformação da Avenida Engenheiro Luiz Carlos Berrini de uma várzea alagadiça do Rio Pinheiros em um dos principais polos corporativos de São Paulo em muito se deve à atuação de Roberto Bratke. O construtor, arquiteto e urbanista, trabalhou por décadas no desenvolvimento de dezenas de torres que mudaram a paisagem de uma das mais importantes avenidas paulistanas.

Nos anos 1970, os irmãos Roberto e Carlos Bratke (morto em 2017) e o primo Francisco Collet se instalaram na região da Berrini (na Rua Funchal) em um terreno que receberam como pagamento de um trabalho. Na sequência, deram início ao projeto de um novo polo administrativo na zona sul da capital paulista com a Bratke Collet, que atuava como construtora, incorporadora, imobiliária e administradora.

Os terrenos na Berrini eram mais baratos do que os das Avenidas Paulista e Brigadeiro Faria Lima, mas exigiram ações de drenagem. A expansão cresceu nas décadas seguintes, ainda mais nos anos 1990, com a Operação Urbana Água Espraiada.

Enquanto Carlos projetava, Roberto e Collet eram responsáveis pela parte de construção e incorporação. Os projetos inicialmente mais simples foram se tornando mais sofisticados com a maior procura e valorização da região.

Somente entre 1975 e o fim dos anos 1990, o Grupo Bratke Collet esteve à frente de cerca de 60 empreendimentos na região da Berrini, com mais de 800 mil m² de área construída. Até hoje, tem sede na avenida, no Edifício Oswaldo Bratke.

A atuação dos irmãos arquitetos (que seguiam a profissão do pai, o modernista Oswaldo Bratke) foi tamanha na região que o entorno da Berrini chegou a ser apelidado de “Bratkelândia”. Como os empreendimentos se concentraram na mesma construtora, a estética se assemelhava.

O tipo de urbanização e estética implantado na Berrini se tornou marcante na cidade. Ao mesmo tempo, as características dessa transformação geram controvérsia e debate até hoje.

Roberto Bratke era sócio fundador da Bratke Engenharia LTDA.

Bratke faleceu no Hospital Albert Einsten, no domingo (22), aos 88 anos.

Família e organizações prestam homenagens

Roberto Bratke deixou esposa, três filhos e netos. O corpo do arquiteto foi sepultado no Cemitério Gethsêmani, no Morumbi, na segunda-feira, 23.

A morte de Bratke foi lamentada por organizações, familiares e amigos. O pianista Marcelo Bratke homenageou o pai em rede social, com uma legenda singela. Escreveu: “Roberto: Meu Amado Pai 1935 – 2023?.

Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) emitiu uma nota, na qual fala do “legado significativo na cena arquitetônica e de construção civil de São Paulo” e “papel fundamental no desenvolvimento de São Paulo”. “Sua contribuição para a arquitetura e a construção civil em São Paulo deixa um legado duradouro que continuará a ser apreciado e lembrado”, destacou.

O ex-ministro Andrea Matarazzo também prestou homenagem ao amigo, que descreveu como “afetuoso, divertido e sempre presente”. “São Paulo perde um arquiteto apaixonado pela cidade”, apontou. “Roberto Bratke, como arquiteto e construtor sempre foi detalhista e perfeccionista. (…)Fica um imenso legado à cidade e muitas histórias, lembranças e exemplos para os amigos.”

O corpo do arquiteto foi velado no cemitério Gethsêmani, no Morumbi, às 10h e sepultado no mesmo local às 14h.

(Direitos autorais: https://www.acessa.com/cultura/2023/10 – CULTURA/ SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)/ por FOLHAPRESS – 22 OUTUBRO 2023)

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(Direitos autorais: https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil – Estadão Conteúdo/ NOTÍCIAS / BRASIL/ História por Priscila Mengue – 23/10/23)

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