Roberto Freire, médico psiquiatara e escritor paulista autor dos best-sellers

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Roberto Freire (São Paulo, 18 de janeiro de 1927 – São Paulo, 23 de maio de 2008), médico psiquiatara e escritor paulista autor dos best-sellers Cleo e Daniel, Sem Tesão Não Há Solução e Ame e Dê Vexame. Psiquiatra de formação, Freire abandonou nos anos 60 a psicologia então praticada para criar seu próprio método. Ele apresentava sua somaterapia como uma técnica anarquista baseada nas teorias de Wilhelm Reich, que elevou o orgasmo à categoria de remédio. O escritor e somaterapeuta Roberto Freire é bastante conhecido pelos seus livros, romances e ensaios, onde estão sempre presentes as idéias libertárias que o levaram a criar a Soma. E suas pesquisas sobre uma terapia anarquista já são reconhecidas como contribuições originais para a Psicologia. Há mais de 30 anos atuando em vários estados brasileiros.

Na trajetória de Roberto Freire está expressa não só o terapeuta idiossincrásico que criou seu próprio método clínico, a Soma – uma terapia anarquista. Também são nítidos e fortes os traços do filósofo do tesão e sua defesa sem concessões do prazer como necessidade vital. Ou ainda do dramaturgo, escritor, romancista, autor de mais de vinte livros. Um conjunto literário que não passou desapercebido para a juventude nos últimos trinta anos. Desde “Cléo e Daniel”, seu primeiro romance, que foi best-seller entre os estudantes nos anos 1970, vendendo mais de 200 mil exemplares em bancas de revista, no formato de jornalivro, uma ousadia editorial para a época. Sem dúvidas foi esta mistura de literatura e vida que resultou na Soma.

Os ingredientes? Não é difícil encontrá-los, claros e diretos, por exemplo nos ensaios “Utopia e Paixão”, “Sem Tesão Não Há Solução” e “Ame e dê Vexame”: a ideologia do prazer como arma revolucionária de combate ao sacrifício imposto pelas sociedades autoritárias e hierárquicas. O tesão passou a ser a bandeira de luta de Roberto Freire desde seu rompimento com a Psicanálise e com a Psiquiatria tradicional, na década de 1960.

Formado em Medicina, Roberto trabalhou em ambulatórios psiquiátricos e fez formação psicanálitica. Afastou-se por divergências ideológicas, achava-as equivocadas e adaptadoras ao sistema social vigente, e aventurou-se pelo jornalismo, teatro e literatura. Como escritor encontrou sua liberdade criativa e reencontrou sua paixão pela Psicologia. No final da década de 60, volta a clinicar e a pesquisar um método terapêutico mais próximo de sua ideologia de vida, o anarquismo no cotidiano. Freire também atuou como roteirista de cinema e de televisão. Freire faleceu dia 23 de maio de 2008, aos 81 anos, em São Paulo.

(Fonte: Veja, 4 de junho, 2008 – Edição 2063 – ANO 41 – N° 22 – DATAS – Pág; 156)
(Fonte: www.somaterapia.com.br)

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