Roberto Matta, artista chileno, “o último dos grandes surrealistas”, conviveu com Max Ernst, Miró, Tanguy e Mondrian, entre outros

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Prolífico pintor surrealista cuja arte explora novos limites de luz e imaginação

 

Roberto Matta (Santiago, Chile, 11 de novembro de 1911 – Tarquinia, Roma, Itália, 23 de novembro de 2002), pintor chileno que exerceu influência sobre um dos pilares do expressionismo abstrato americano nos anos 50, Jackson Pollock (1912-1956).

O pintor e escultor chileno Roberto Matta, tido como “o último dos grandes surrealistas”, era formado em arquitetura, mudou-se em 1934 para a França, onde se tornou discípulo do arquiteto Le Corbusier.

Também na década de 30 foi apresentado pelo dramaturgo e poeta Federico García Lorca ao pintor Salvador Dalí, que o levou a André Breton e a outros artistas surrealistas.

Afirmava que Breton o “tomou a sério” apesar de que até aquela ocasião ele só havia pintado quatro telas.

Durante a Segunda Guerra Mundial, Matta morou em Nova York, onde conviveu com Max Ernst, Miró, Tanguy e Mondrian, entre outros. Foi expulso do grupo surrealista em 1948, por divergências artísticas, mas em 1959 foi readmitido.

Além do desenho e pintura, utilizou-se da cerâmica, fotografia e vídeo. Matta foi ainda expoente do movimento surrealista francês, mas os críticos preferem atribuir a Pollock o título de criador da pintura tachista.

Visitou o Chile pela última vez em 1973, cortando os laços com seu país após o golpe militar que levou Augusto Pinochet ao poder.

Roberto Matta faleceu em 23 de novembro de 2002, aos 91 anos, em Roma na Itália.
(FONTE: HTTP://REVISTAQUEM.GLOBO.COM/REVISTA/QUEM – UNIÃO VISUAL LATINA – ARTES PLÁSTICAS/ POR ANTONIO GONÇALVES FILHO – 20/02/2009)

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada – FOLHA DE S.PAULO / ILUSTRADA / PANORÂMICA – ARTES PLÁSTICAS 1 – São Paulo, 25 de novembro de 2002)

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Pintor chileno Roberto Matta, artista chileno, o último surrealista.

O pintor Roberto Matta, que morreu sábado aos 91 anos, foi enterrado hoje em sua casa em Tarquinia, perto de Roma, após uma cerimônia fúnebre na pequena igreja medieval da Anunciação. Cem personalidades do mundo da cultura e da arte, tanto europeias como latino-americanas, prestaram homenagem ao artista chileno, o último surrealista.

Matta, que residia na cidade etrusca há mais de 30 anos com sua terceira esposa, Germana Ferrari, foi sepultado com doces tradicionais chilenos, símbolo da saudade que sempre conservou por seu país, que visitou poucas vezes após sua partida aos 22 anos. Seus quatro filhos, Pablo, Federica, Ramuntcho e Alisee, estavam presentes. Matta, que não só era chileno – tinha as nacionalidades francesa, cubana e espanhola -, poucos dias antes de morrer inaugurou uma exposição em Roma com pinturas criadas em 2000.

Educado pelos jesuítas, Matta deixou em 1934 o Chile indo para Paris, onde se tornou um discípulo do arquiteto suíço Le Corbusier. Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) viveu em Nova York assim como Breton, Max Ernst, André Masson, Miró, Tanguy, Léger e Mondrian, descobrindo os expressionistas abstratos Motherwell e Pollock. Militante de esquerda, entusiasmou-se com a revolução cubana, e cortou todos os laços com o governo do ditador chileno Augusto Pinochet (1973-1990).

Durante sua última visita ao Chile, em março de 1973, pintou dois murais nos bairros populares de La Granja e La Cisterna, em Santiago, que foram destruídos depois do golpe militar contra o presidente constitucional Salvador Allende (11 de setembro de 1973).

(Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias – NOTÍCIAS – MUNDO – 26 de novembro de 2002)

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