Rodrigo Otávio Filho, advogado, poeta, ensaísta, historiador e escritor brasileiro.

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Rodrigo Otávio Filho (Rio de Janeiro, 8 de dezembro de 1892 – Rio de Janeiro, 20 de abril de 1969), advogado, poeta, ensaísta, historiador e escritor brasileiro. Rodrigo Otávio Filho foi imortal da Academia Brasileira de Letras, ocupou a cadeira n° 35, que após à sua morte, foi substituído pelo candidato único, historiador José Honório Rodrigues, preenchendo uma vaga cheia de significado histórico: ela foi ocupada pelo ensaísta e historiador, cujo pai, Rodrigo Otávio, funcionou como secretário da sessão inaugural da Academia Brasileira de Letras, em julho de 1897.
(Fonte: Veja, 10 de setembro de 1969 – Edição nº 53 – LITERATURA – Pág; 59)
(Fonte: Veja, 23 de janeiro, 1974 – Edição n.° 281 – LITERATURA/ Por Leo Gilson Ribeiro – Pág; 79)
(Fonte: Veja, 16 de julho de 1969 – GENTE – Edição 45 – Pág; 65/66)

Rodrigo Octavio Filho

Biografia

Segundo ocupante da Cadeira 35, eleito em 10 de agosto de 1944, na sucessão de Rodrigo Octavio e recebido pelo Acadêmico Pedro Calmon em 19 de junho de 1945. Recebeu os Acadêmicos Ivan Lins e Aurélio Buarque de Holanda.

Rodrigo Octavio Filho, advogado, poeta, crítico literário, ensaísta e orador, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 8 de dezembro de 1892, e faleceu na mesma cidade em 20 de abril de 1969.

Era filho do dr. Rodrigo Octavio de Laggaard Meneses, um dos fundadores da Academia, e de Maria Rita Pederneiras de Langgaard Meneses. Fez o curso secundário no Ginásio Nacional, hoje Colégio Pedro II, e no Colégio Alfredo Gomes, recebendo o grau de bacharel em Ciências e Letras em 1909. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, em 1914, pela Faculdade Livre de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro, e dedicou-se à advocacia.

Fundou, com seu pai, a Revista Jurídica, órgão que teve grande prestígio na vida jurídica do país e da qual foi redator-secretário. Participou ativamente da vida intelectual e literária do Rio de Janeiro, graças a uma inteligência privilegiada e sua irradiante personalidade humana. Integrou-se, no período inicial do século XX, na linha do Penumbrismo, herdeiro do Simbolismo, de que foi o cronista. Estreou na literatura em 1922, publicando o livro de poemas Alameda noturna. Assinava-se Octavio Filho. Amigo de Álvaro Moreyra, fez parte do grupo de colaboradores da revista Fon-Fon! Colaborou em vários jornais, entre os quais o Correio da Manhã.

Rodrigo Octavio Filho só falava dos livros que lhe agradavam. Não tinha interesse na crítica amarga, destrutiva; escolhia para estudar artistas pelos quais sentia admiração e simpatia. Entre os escritores focalizados em seu livro póstumo Simbolismo e Penumbrismo (1970), estão Mário Pederneiras, Homero Prates, Gonzaga Duque, Álvaro Moreyra, Guilherme de Almeida, Ribeiro Couto. Salienta que o Penumbrismo, expressão que se originou de um artigo de Ronald de Carvalho, em 1921, não foi propriamente uma escola literária, mas uma atitude, um movimento emocional, uma coincidência temática, tendente a um acentuado intimismo poético.

Foi membro da Comissão Legislativa do Governo Provisório. Fez parte do Conselho Superior do Instituto dos Advogados Brasileiros e do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Foi um dos delegados brasileiros nos plenários do Conselho Interamericano das Câmaras de Comércio e Produção, realizados em Chicago (1948) e Santos (1950).

Foi orador oficial do Clube dos Advogados. Fundador e presidente da Sociedade Felipe d’Oliveira. Organizou e foi o secretário-geral do Congresso Brasileiro de Língua Vernácula, comemorativo do centenário de Rui Barbosa e promovido pela Academia Brasileira de Letras, em 1949. Foi um dos fundadores do PEN Clube do Brasil, do qual foi secretário-geral, vice-presidente e fez parte do seu Conselho da Presidência.

Na Academia Brasileira de Letras, foi segundo-secretário em 1945; primeiro-secretário em 1946 e 1950; secretário-geral em 1953 e 1954 e presidente em 1955.

Era membro efetivo do Instituto dos Advogados Brasileiros; da Sociedade Brasileira de Geografia; da Sociedade Brasileira de Direito Internacional; da Sociedade Capistrano de Abreu; sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa e da Academia Nacional de História da Argentina.

(Fonte: http://www.academia.org.br/abl)

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