Roger Smith, da série clássica dos anos 1950 “77 Sunset Strip”
Astro era casado com a lendária atriz sueca Ann-Margaret, protagonista de vários clássicos de Hollywood
Roger LaVerne Smith (South Gate, Califórnia, 18 de dezembro de 1932 – Sherman Oaks Hospital, Los Angeles, 4 de junho de 2017), ator americano que estrelou a primeira série de detetives particulares da TV americana, foi protagonista da clássica série de detetive “77 Sunset Strip” (
Casado com a também atriz Ann-Margret, o veterano ficou muito famoso por protagonizar a clássica série de investigação “77 Sunset Stip”, entre 1958 e 1963.
Aliás, ao lado de Efrem Zimbalist Jr., outro ator da série, foi considerado um dos galãs da época. Após encerrar as gravações no projeto, Smith passou a agenciar a esposa, que estrelou filmes como “Adeus, Amor” (1963) e “Ânsia de Amar” (1971), que rendeu a ela uma indicação ao Oscar.
Roger LeVerne Smith nasceu em 18 de dezembro de 1932, em South Gate, Califórnia, e se destacou tanto nos esportes quantos nas artes durante a adolescência. Ele participou do time de futebol americano de seu colégio, ao mesmo tempo em que foi presidente do clube de atuação, o que lhe garantiu uma bolsa de estudos universitária.
Após se formar na Universidade de Arizona, Smith serviu à Marinha e, enquanto estava no Havaí, teve um encontro casual com James Cagney. O lendário ator enxergou potencial no jovem e o incentivou a ir para Hollywood. E foi o que Smith fez.
Ele iniciou sua carreira aos 24 anos, com a participação num episódio do teleteatro “The Ford Television Theatre”, em 1956. E tudo passou a acontecer de forma acelerada. No mesmo ano, envolveu-se romanticamente e se casou com a atriz australiana Victoria Shaw (“O Quimono Escarlate”), além de conseguir um papel recorrente na série clássica “Papai Sabe Tudo”.
Em 1957, a Columbia Pictures contratou Smith, levando-o ao cinema com o drama juvenil “Vidas Truncadas”. E em curto período ele acumulou uma impressionante filmografia, com destaque para a comédia clássica “A Mulher do Século” (1958), na qual interpretou a versão adulta do órfão que vai viver com sua tia avançada (Rosalind Russell).
Smith também teve a oportunidade de trabalhar com James Cagney duas vezes. Os dois viveram pai e filho na cinebiografia do ator Lon Chaney, “O Homem das Mil Caras” (1957), e contracenaram no musical “O Rei da Zona” (1959).
Mas a popularidade só surgiu quando os produtores de “77 Sunset Strip” enxergaram no jovem o ingrediente que faltava para lançar a primeira série de detetives particulares da televisão americana. Criada por Roy Huggins (1914-2002), “77 Sunset Strip” começou como um episódio especial de 77 minutos da série “Conflict”. Smith não fez parte deste piloto, mas entrou na reformulação da produção, quando ela recebeu encomenda de temporada.
Na série, Smith viveu Jeff Spencer, que fazia par com Stu Bailey (Efrem Zimbalist Jr.) numa agência de detetives localizada no endereço de Los Angeles que lhe dava título. Apesar da Sunset Strip não ter números de dois dígitos, o exterior da agência era real, localizado ao lado do restaurante Dino’s, do cantor Dean Martin. Por sinal, o manobrista do Dino’s também era personagem da série, Kookie (Edd Byrnes). Para completar o clima moderno e vibrante, a produção ainda contava com um tema de abertura jazzístico, de autoria de Mack David e Jerry Livingston.
“77 Sunset Strip” virou fenômeno de audiência, durando seis temporadas de 1958 a 1964. O estilo descontraído e as falas cheias de tiradinhas dos personagens, que tinham uma clientela sofisticada, era algo que os telespectadores nunca tinham visto antes. E a produtora Warner aproveitou este sucesso para lançar a carreira musical de Smith, que gravou um álbum chamado “Beach Romance” em 1960.
Smith também escreveu sete episódios da série, incluindo um de seus mais famosos, “The Silent Caper”, gravado inteiramente sem diálogos. Ele ainda assinou capítulos e fez participações especiais em duas séries desenvolvidas pela Warner no mesmo universo de “77 Sunset Strip”, intituladas “Hawaiian Eye” e “Surfside 6”.
Mas não pôde aproveitar a boa fase por muito tempo. Em 1963, um exame descobriu um coágulo de sangue em seu cérebro, que foi corrigido com uma cirurgia, e dois anos depois Smith foi diagnosticado com miastenia gravis, o que lhe causava extrema fraqueza.
Mesmo enfrentando a doença, Smith se divorciou da esposa e iniciou um namoro com a atriz Ann-Margret. Os dois se casaram em maio de 1967 em Las Vegas, cidade onde a sex symbol sueca viveu um de seus papéis mais marcantes, “Amor à Toda Velocidade” (Viva Las Vegas, 1964).
Após à série, Smith se dedicou a agenciar a vida da mulher, a atriz sueca Ann-Margret, estrela de clássicos hollywoodianos como ‘Adeus, Amor’ (1963) e ‘Amor à Toda Velocidade’ (1964).
Ela chegou a concorrer ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante em 1972 por seu trabalho no drama ‘Ânsia de Amar’ (1971) ao lado de Jack Nicholson.
O ator começou sua carreira em 1950, mas o sucesso veio mesmo com a série da ABC em que co-estrelou com Efrem Zimbalist. Os dois foram considerados na época os queridinhos de Hollywood.
O astro foi protagonista da clássica série de detetive ‘77 Sunset Strip’ entre os anos de 1958 e 1963 ao lado do ator Efrem Zimbalist Jr. Na época os dois foram considerados galãs e queridinhos de Hollywood por conta de seus trabalhos na produção.
Após abandonar a carreira de ator, Smith produziu e promoveu várias obras estreladas pela esposa e passou a ser figura constante em programa de TV sobre Hollywood.
O ator ainda conseguiu estrelar “Mister Roberts”, série naval baseada no filme homônimo de 1955, assumindo o papel-título, um oficial da Marinha que foi interpretado por Henry Fonda no cinema. A atração durou apenas uma temporada de 30 episódios, entre 1965 e 1966.
Depois disso, ele só fez mais duas aparições no cinema em 1968. Seu último trabalho foi numa comédia italiana estrelada pela esposa Ann-Margret, “Criminal Affair”.
Forçado a se aposentar de forma precoce, Smith passou a escrever roteiros. Ele assinou as histórias das comédias “Pela Primeira Vez… Sem Pijamas” (1969), estrelada por Jacqueline Bisset, e “C.C. & Cia” (1970), com Ann-Margret. Quando os filmes não fizeram sucesso, passou a produzir especiais televisivos da esposa, realizados ao longo da década de 1970.
“Roger teve uma tremenda confiança em mim, muito mais do que eu”, disse sua esposa em uma entrevista de 1985. “Eu posso ser machucada muito facilmente, mas ele não pode. Ele gradualmente me tirou da minha concha”.
Com o passar dos anos, Smith fez cada vez menos aparições públicas devido à sua falta de saúde. As poucas vezes em que voltou a aparecer foi para acompanhar a esposa no Globo de Ouro e no Emmy, sempre sendo recebido de forma carinhosa pelos colegas, como um pioneiro importante da história da TV.
Em 1965, Smith foi diagnosticado com miastenia grave, uma desordem que interrompe a transmissão de sinais nervosos para os músculos, causando fraqueza muscular severa. Apesar da doença, Smith continuou trabalhando, pois os efeitos da doença variaram ao longo do tempo.
Roger Smith morreu em Los Angeles, aos 84 anos após vários anos de batalha contra problemas neurológicos.
(Fonte: https://cinema.uol.com.br/noticias/redacao/2017/06/06 – CINEMA/ Do UOL, em São Paulo – 06/06/2017)
(Fonte: http://pipocamoderna.com.br/2017/06 – FILMES / SÉRIES/ Por MARCEL PLASSE – 06/06/2017)