Romola Nijinsky, viúva de dançarino e coreógrafa, teve destacada história, foi esposa de ícone da dança, e superou surtos de esquizofrenia e sexualidade fluida de Vaslav
Casal de bailarinos, que rompeu padrões no início do século XX
Romola de Pulszky (nasceu em 20 de fevereiro de 1891, em Budapeste, Hungria – faleceu em 8 de junho de 1978, em Paris, França), era viúva do bailarino e coreógrafo russo Vaslav Nijinsky (1889-1950).
Chamado de “deus da dança”, o bailarino e coreógrafo russo Vaslav Nijinsky revolucionou a arte no século XX e se mantém como uma referência viva, com movimentos que inspiram companhias de todo o mundo, até hoje. Embora tenha deixado os palcos aos 29 anos, em 1919, ao ser diagnosticado com distúrbio mental (mais tarde, os surtos seriam identificados como esquizofrenia), sua técnica excepcional e capacidade física permaneceram icônicas, celebradas por gerações que sequer o viram dançar.
A Sra. Nijinsky nasceu em Budapeste, filha de Karoly de Pulszky, fundador e primeiro diretor da Galeria Nacional da Hungria, e da atriz Emilia Markus (1860 – 1949).
Ela mesma teve uma breve carreira como dançarina. Ela era mais conhecida, no entanto, como a esposa do famoso dançarino e coreógrafo russo.
Demitido do Ballet Russe de Serge Diaghilev quando ele se casou com ela em 1913, Vaslav Nijinsky afundou novamente na insanidade que havia atormentado sua carreira e foi cuidado por sua esposa até sua morte em 1950.
Ela publicou uma biografia de Nijinsky em 1933 e um relato de seus últimos anos em 1952 e editou seu diário, que apareceu em 1936.
Ao decidiu focar no lado pessoal, apresenta a sua relação com a também bailarina Romola de Pulszky, que deixou sua origem aristocrática na Hungria para casar-se com o ídolo. A história aborda a forma como o casal desafiou a moral vigente na primeira metade do século XX, já que até unir-se a Romola (1891-1978) Nijinsky mantinha uma relação pública com Sergei Diaghileff, empresário e diretor artístico do Ballets Russes, uma das principais companhias de dança do mundo à época.
— A proposta sempre foi destacar o homem por trás da lenda, até porque seria impossível reproduzir a técnica do Nijinsky. Alguns movimentos que ele imortalizou de maneira simplificada, mas sempre de forma a destacar os conflitos que ele vivia, dentro de sua relação ou ao ser afetado pela doença. — É incrível pensar na relação que ele e a Romola viveram, e que seria considerada revolucionária mesmo nos dias de hoje, quando ainda há tanta confusão na questão de gênero.
(Créditos autorais reservados: https://www.nytimes.com/1978/08/04/archives – New York Times/ ARQUIVOS/ por Arquivos do New York Times – 4 de agosto de 1978)
© 1999 The New York Times Company
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(Créditos autorais reservados: https://oglobo.globo.com/cultura/teatro – CULTURA/ TEATRO E DANÇA/ Peça ‘Romola & Nijinsky’ destaca história pessoal do ícone da dança, dos surtos de esquizofrenia à sexualidade fluida/ por Nelson Gobbi – RIO — 08/08/2019)