Conceituado fotógrafo norte-americano, que gostava de recolher imagens das pessoas de costas, era o olho de Harlem
Roy DeCarava (Harlem, Manhattan, 9 de dezembro de 1919 – Nova York, 27 de outubro de 2009), fotógrafo pioneiro, conceituado fotógrafo norte-americano
Com as suas objetivas e máquina fotográfica analógica, captou durante anos seguidos, o quotidiano de Harlem, Manhattan: a violência, a pobreza, a agitação social, o pulsar jazzístico. A partir do bairro onde nasceu, registrou as grandes mudanças políticas e sociais de Nova York.
Quando começou a fotografar, no fim da década de 40, os EUA haviam saído da Depressão, mas continuava a haver racismo e desigualdade social. Roy DeCarava, com a sua câmara de 35mm em punho, documentou o movimento crescente pela igualdade dos direitos civis.
A sua primeira exposição, em 1950, realizou-se na Mark Pepper’s Forty Fourth Street Gallery.
Em 1952, recebeu apoio financeiro da Fundação Guggenheim para produzir o retrato a preto e branco dos afro-americanos no século XX , trabalho que viria a ser publicado em 1955 no notável livro “The Sweet Flypaper of Life”, êxito de vendas, em colaboração com o poeta Langston Hughes.
Trabalho exposto em museus e galerias
As fotografias deste premiado fotógrafo entraram no circuito dos maiores museus e galerias do mundo. Em 2006, foi distinguido pelo Governo norte-americano com a Medalha Nacional das Artes.
Segundo a sua mulher, Sherry Turner DeCarava, “fotografou para ele próprio e ultimamente produziu um corpo de trabalho produziu um corpo de trabalho que sintetizou as contradições sociais nos anos 50, a explosão da improvisação no jazz dos anos 60, a luta pela igualdade social e a estridência das cabeças rapadas dos anos 70 e 80. Depois virou-se para realidades mais contemplativas durante os anos mais recentes da sua vida”.
Roy DeCarava morreu dia 27 de outubro de 2009, em Nova Iorque, de causa natural.
(Fonte: http://expresso.sapo.pt/sociedade – SOCIEDADE / Por Maria Luiza Rolim – 30.10.2009)