Rubem Fonseca ganha prêmio da Academia Brasileira de Letras
Rubem Fonseca, recluso autor de “Agosto” (1990), é um dos mais importantes ficcionistas contemporâneos brasileiros, premiado com o Camões, em 2003. Prêmio Machado de Assis por conjunto da obra, outorgado pela Academia Brasileira de Letras (ABL) a um autor pelo conjunto da obra.
Entre os prêmios recebidos pelo escritor, estão o prestigioso Camões, em 2003, e o Prêmio Casino da Póvoa, em 2012 – Fonseca, que não aceita convites para eventos literários, participou naquele ano do Correntes D’Escrita, em Póvoa de Varzim, e recebeu pessoalmente a homenagem.
Mineiro radicado no Rio de Janeiro, Fonseca é autor de Bufo & Spallanzani (1986), Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos (1989) e Agosto (1990), e lançou em maio de 2015 a coletânea de contos Histórias Curtas.
Consagrou-se por sua narrativa nervosa e ágil, ao mesmo tempo clássica e moderna, entre o realismo e o policial, revelando a violência urbana brasileira, sem perder o olhar sensível para a tragédia humana a ela subjacente, a solidão das grandes cidades ou para os matizes do erotismo.
Dentre os principais livros de Rubem Fonseca, estão os volumes de contos “Lucia McCartney” (1967), “Feliz ano novo” (1975) e “O cobrador” (1979) e os romances “O caso Morel” (1973), “A grande arte” (1983) e “Agosto” (1990).
Nascido em Juiz de Mora (MG) em 11 de maio de 1925, José Rubem Fonseca se mudou para o Rio de Janeiro aos 8 anos de idade. Formado em Direito, trabalhou como comissário de polícia no início dos anos 1950.
Na década seguinte, prestou serviços para o Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (Ipes), vinculado ao golpe militar de 1964. Mais tarde, ele negou que tivesse apoiado o regime.
O escritor Rubem Fonseca, de 90 anos, foi nomeado vencedor do Prêmio Machado de Assis, entregue pela Academia Brasileira de Letras (ABL) pelo conjunto da obra.
A cerimônica de entrega do Prêmio Machado de Assis a Rubem Fonseca foi dia 16 de julho de 2015, no Petit Trianon. Exerceu profunda influência em nossa cena literária, inaugurando a tendência que Alfredo Bosi chama de ‘brutalista’.”
(Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2015/05 – POP & ARTE – Do G1, em São Paulo – 22/05/2015)
(Fonte: http://cultura.estadao.com.br/noticias/literatura – 1692651 – CULTURA – LITERATURA – O ESTADO DE S.PAULO – 22 Maio 2015)