Rugendas (Augsburgo, 29 de março de 1802 – Weilheim an der Teck, 29 de maio de 1858), pintor alemão que veio para o Brasil em 1822, na expedição do barão de Langsdorff. Na expedição viajou como desenhista documentarista, e acabou se tornando um dos ícones da pintura da época.
Ao ver os trabalhos de Thomas Ender (1793-1875) em Viena, aos 19 anos, Rugendas procurou ser contratado para uma expedição científica do cônsul Von Langsdorf (1774-1852). Ele chegou ao Rio de Janeiro um ano mais tarde, em 1822, e depois das visitas ao país de Johan Baptiste von Spix e Karl von Martius e do príncipe Maximiliano Zu Wied.
Rugendas foi o grande inspirador de boa parte da exposição montada no Museu Nacional de Belas-Artes do Rio de Janeiro e em São Paulo, no Museu de Arte de São Paulo em abril de 1980.
Sobre o trabalho de Rugendas é que repousou o principal interesse artístico da exposição organizada pelo Instituto Ibero-Americano de Berlim. Pois, além das litigrafias, apresentou pela primeira vez no Brasil sua pintura. Rugendas capta com traços ágeis e pinceladas a paisagem, e alguns de seus trabalhos parecem anunciar o impressionismo, em que pese certos recursos acadêmicos de que lança mão. Sua apreensão do mundo americano, nesses quadros, é menos documental que emocional e estética, e por isso mesmo mais verdadeira.
(Fonte: Veja, 19 de março de 1980 – Edição 602 – ARTE/ Por Ferreira Gullar – Pág: 125/126)