Filósofo foi um dos principais teóricos do marxismo,
Filósofo se dedicou a estudar o marxismo
Professor emérito da USP e doutor em filosofia pela Universidade Paris, intelectual escreveu diversos livros e era irmão do historiador Boris Fausto
Intelectual, era professor emérito da USP e autor de livros como ‘Caminhos da Esquerda’ e um dos maiores intelectuais brasileiros
Último livro lançado pelo intelectual foi ‘Caminhos da esquerda: elementos para uma reconstrução’, em 2017.
Ruy Fausto (São Paulo, 22 de janeiro de 1935 – Paris, 1º de maio de 2020), filósofo e um dos principais teóricos brasileiros do marxismo. Doutor em Filosofia pela Universidade de Paris I e professor emérito da Universidade de São Paulo (USP), Ruy Fausto é considerado um dos principais intelectuais do País e escreveu vários livros, entre eles A Esquerda Difícil, no qual fez rigorosas análises políticas.
Um dos mais reconhecidos intelectuais de esquerda do País, o filósofo Ruy Fausto era um dos principais teóricos do marxismo no Brasil.
Nascido em São Paulo em 22 de janeiro de 1935, Ruy era irmão do historiador Boris Fausto.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo em 2017, o filósofo reafirmou seu repúdio a todas formas de populismo, totalitarismo e adesismo. Na época, ele lançava Caminhos da Esquerda: elementos para uma reconstrução. Para o escritor, era necessária a formação de uma frente única e progressista para as eleições presidenciais de 2018, com nomes como o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) e o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ).
Nos anos seguintes, o acadêmico continuou a defender uma ampla união da esquerda e de movimentos populares, contra o que chamava de uma “real ameaça à democracia”, representada por Bolsonaro. “Não era um homem dogmático, sabia que era preciso fazer escolhas reais”, diz Sergio Fausto. “Era um homem utópico, que acreditava em um mundo melhor”, diz Sérgio.
Ruy Fausto era professor emérito da Universidade de São Paulo (USP) e doutor em filosofia pela Universidade Paris 1. Considerado um dos principais pensadores brasileiros, Ruy Fausto, escreveu obras como A Esquerda Difícil: Em torno do paradigma e do destino das revoluções do século XX e alguns outros temas (2007), Outro dia: Intervenções, entrevistas, outros tempos (2009), e Sentido da dialética — Marx: Lógica e política (2015).
Ele é autor de livros como “A esquerda difícil: Em torno do paradigma e do destino das revoluções do século XX e alguns outros temas” (Perspectiva), de 2007; “Outro dia: Intervenções, entrevistas, outros tempos” (Perspectiva), de 2009; e “Sentido da dialética – Marx: Lógica e política” (Vozes), de 2015.
O livro mais recente de Ruy Fausto se chama “Caminhos da esquerda: Elementos para uma reconstrução”, de 2017. Também participou da coletânea Democracia em risco? 22 ensaios sobre o Brasil hoje publicado em 2019.
Democrata
Sergio Fausto destaca a “independência de pensamento total” do tio: “Ele era muito crítico ao regime cubano, ao chavismo. Ele tinha profundas convicções socialistas e democráticas. Era um homem que aspirava a um mundo mais igualitário”.
Ruy Fausto faleceu em 1º de maio de 2020, em Paris, na França. Ele teve um infarto enquanto tocava piano, aos 85 anos.
De acordo com seu sobrinho, o cientista político Sergio Fausto, o corpo do filósofo foi encontrado por sua ex-mulher, recostado ao piano. Ele vivia isolado, devido à pandemia do novo coronavírus.
Sergio lembra que o tio tinha paixão pelo instrumento musical e pelo jazz. O filósofo chegou a participar de uma banda nos anos 1950. “Ele retomou essa paixão recentemente, e tocava com muita frequência”, diz Sergio. O colega Renato Janine Ribeiro, professor de Filosofia na USP, recorda de outra história de Ruy com o piano: “Quando houve o AI-5, ele saiu do Brasil para o Chile e, de lá, foi de navio para a França. O piano o fez companhia e ele tocava com muita frequência”.
Professor de Teoria das Ciências Humanas na USP, o filósofo Vladimir Saftale publicou que Fausto “era um verdadeiro amigo de mais de 20 anos, alguém a quem tinha profunda afeição e gratidão”. O filósofo e sociólogo Emir Sader lembrou que Ruy dirigiu seu mestrado na USP. “Grande amigo o Ruy, que nos deixou agora”, escreveu. Professor de Políticas Públicas da USP, Pablo Ortellado lamentou a perda do ex-professor: “uma figura humana e intelectual de enorme grandeza”.
(Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2020/05/01 – SÃO PAULO / NOTÍCIA / Por G1 – 01/05/2020)
(Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2020/05/01 – Correio Braziliense / NOTÍCIA / DIVERSÃO E ARTE – 01/05/2020)
(Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/brasil/politica – NOTÍCIAS / BRASIL / POLÍTICA / Por Alessandra Monnerat – 2 MAI 2020)