Saïd Farhat (Rio Branco (Acre), em 12 de novembro de 1920 – São Paulo, 21 de agosto de 2014), publicitário, empresário e escritor
Farhat foi ministro da Comunicação Social durante o governo João Baptista Figueiredo (1979-85), o último presidente da ditadura militar. Ele relatou a experiência no livro Tempo de Gangorra, publicado em 2012. Na obra de 472 páginas, descreve como usou a sua experiência prévia no mercado publicitário para mediar a relação entre o temperamental Figueiredo e jornalistas em meio ao processo de abertura política.
Contou que sua tarefa mais árdua era contemporizar declarações polêmicas de Figueiredo que passaram para a história, como a de que preferia o cheiro de cavalo ao do povo, ou de que se mataria com um “tiro no coco” caso ganhasse um salário mínimo.
Pouco antes de se tornar ministro, Farhat foi presidente da Embratur por quatro anos, durante o governo Ernesto Geisel (1974-1979).
No setor privado, Farhat, nascido em Rio Branco (Acre), em 12 de novembro de 1920, com ascendência libanesa, trabalhou, nos anos 1950 e 1960, nas agências de publicidade Standard Propaganda e J. Walter Thompson. Depois, passou a trabalhar para a revista Visão, que acabou comprando.
Saïd Farhat morreu no hospital Sírio-Libanês em São Paulo, dia 21 de agosto de 2014, aos 93 anos.
(Fonte: Zero Hora – ANO 51 – MEMÓRIA/ Por Jessica Weber – 21 de agosto de 2014 – Pág: 38)