Bilionário investidor do setor imobiliário
Magnata norte-americano dos imóveis, ficou conhecido por sua atuação no mercado e por popularizar aplicações de alto risco, que foi sócio da Gafisa e da BR Malls no Brasil
Bilionário investidor do setor imobiliário Sam Zell. (Crédito da fotografia: Cortesia © Thomson Reuters/ DIREITOS RESERVADOS)
Sam Zell (Chicago, 28 de setembro de 1941 – 16 de maio de 2023), bilionário investidor do setor imobiliário, o magnata se especializou em ativos problemáticos e adquiriu o Chicago Tribune, o Los Angeles Times e outros jornais históricos, em uma compra alavancada (ou seja, que transfere boa parte da dívida com a compra para a própria empresa comprada) amplamente criticada em 2007.
Conhecido por sua aposta em ativos problemáticos (distressed assets) e por popularizar a estrutura REIT (Real Estate Investment Trust) na década de 1990, Zell fundou a empresa precursora da Equity Residential e abriu seu capital em 1993.
Em uma carreira de acordos espetaculares celebrados principalmente em salas de reuniões e colunas financeiras, a aventura de Zell no mundo editorial, como presidente da Tribune Company, provou-se um fracasso retumbante — uma queda de cinco anos num turbilhão de rancor, redução de custos, escândalos administrativos e falência.
No final de 2012, a empresa emergiu da falência relativamente intacta, mas com metade de seu valor e já sem Zell, substituído por credores seniores. Eles instalaram novos gerentes e planejavam vender jornais importantes e outros ativos.
As perdas pessoais de Zell não foram pesadas para seus padrões de bilionário, mas o episódio foi amplamente visto como um “olho roxo” para um magnata do mercado imobiliário em sua investida nos jornais.
Filho de judeus poloneses que fugiram para a América em 1939, quando a Segunda Guerra Mundial engolfou a Europa, Zell, um excêntrico morador de Chicago que se deleitava em testar os limites dos negócios e das motocicletas, acumulou um dos maiores portfólios de apartamentos, escritórios e imóveis comerciais, principalmente arrebatando propriedades que outros investidores desprezavam por serem muito arriscadas ou mesmo condenadas.
Ele se autodenominava “o dançarino perigoso”, comemorando seus próprios triunfos como um especulador de apostas altas que encontrava oportunidades onde outros viam apenas estresse.
Um homem pequeno, com uma voz rouca, cabeça careca, olhos vesgos e barba branca, preferia correntes de ouro, camisas esportivas brilhantes e jeans. Costumava andar em alta velocidade em uma Ducati amarela brilhante para trabalhar e às vezes fazia viagens com um grupo, todos de jaquetas de couro, que chamava de Zell’s Angels.
Ele poderia chocar com palavrões e insultos, que também costumavam rechear seus discursos. Mas também enviava centenas de caixas de música para conhecidos na época do Natal.
Ao contrário de Donald Trump e Harry Helmsley, que usaram seus nomes em propriedades-troféu e como autopromoção, Zell foi relativamente anônimo durante a maior parte de sua carreira, conhecido amplamente nos círculos financeiros e imobiliários como um investidor audacioso, cuja visão — criar uma marca nacional — não se concretizou porque as vendas de imóveis são, em grande parte, locais.
No entanto, em 2007, o Blackstone Group comprou a empresa de Zell – então conhecida como Equity Office Properties Trust – por US$ 39 bilhões. Sua própria fortuna foi estimada em quase US$ 5 bilhões, com participações em propriedades residenciais, drogarias e lojas de departamento, além de empresas de energia e eletrônicos. Uma vida inteira de aquisições que o tornaram um dos homens mais ricos do país – ele poderia ter se aposentado confortavelmente aos 60.
Mas, vendo outro mercado ineficiente, mergulhou no mundo desconhecido dos jornais, vencendo uma guerra de lances por uma das principais empresas de mídia dos Estados Unidos, o império Tribune, de 160 anos. Além dos jornais de Chicago e Los Angeles, incluía The Baltimore Sun, Newsday, The Hartford Courant, 23 estações de televisão e rádio, o time de beisebol Chicago Cubs e o estádio Wrigley Field.
Ele também investiu em negócios de manufatura, viagens, varejo, saúde e energia, disse a Equity Residential.
Ele tinha um patrimônio líquido de 5,2 bilhões de dólares, segundo a Forbes.
Sam Zell faleceu aos 81 anos, de acordo com um comunicado da Equity Residential, empresa de investimento imobiliário (REIT) que foi presidida por ele.
Foi casado três vezes, divorciou-se duas vezes e teve três filhos. Ele e sua terceira esposa, Helen Herzog Fadim, se casaram em 1999. Ela sobreviveu a ele. Ele deixa duas irmãs, Julie Baskes e Leah Zell; as filhas Kellie e JoAnn Zell; o filho, Mateus; e nove netos.
(Crédito: https://www.msn.com/pt-br/dinheiro/economia-e-negocios – DINHEIRO/ ECONOMIA E NEGÓCIOS/ (Reuters) / (Reportagem de Niket Nishant, em Bengaluru) – 17/05/23)
(Crédito: https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil – The New York Times / NOTÍCIAS/ BRASIL/ por Robert D. McFadden / Estadão conteúdo – 17/05/23)(Crédito: https://g1.globo.com/economia/noticia/2023/05/18 – ECONOMIA/ NOTÍCIA/ Por Reuters –