Samuel T. Cohen, físico norte-americano inventor da bomba de nêutrons, que foi transformada em uma arma capaz de matar pessoas e deixar edifícios intactos.
Até o fim, Cohen defendeu seu invento fabricado depois de receber o aval do presidente americano Ronald Reagan durante a Guerra Fria e em seguida desmontado. A bomba de nêutrons é a arma mais sã e moral que há, costumava afirmar.
Quando a guerra termina, o mundo continua intacto disse o físico ao jornal The New York Times, pouco antes de sua morte.
A bomba emite partículas diminutas que atravessam muros, blindagens e outras barreiras físicas e destroem as células, matando rapidamente os seres vivos. Samuel T. Cohen morreu em 5 de dezembro de 2010, aos 89 anos.
(Fonte: Zero Hora – Memória – 4 de dezembro de 2010)
O “pai” da bomba de neutrões
Samuel T.Cohen (1921-2010), físico norte-americano inventor da bomba de neutrões, que destrói apenas seres humanos
Samuel T.Cohen o “pai” da bomba de neutrões , a controversa arma nuclear para matar seres vivos sem causar danos materiais nos edifícios da zona afetada pela explosão.
Samuel T. Cohen concebeu-a em 1958, os EUA somente a fabricaram nos anos 80, mas a bomba nunca chegou a ser utilizada.
Nascido em Brooklyn, Samuel T. Cohen mudou-se aos 4 anos com a família para Los Angeles, onde veio a concluir os seus estudos na UCLA-Universidade da Califórnia.
Quando estava na tropa, foi chamado a participar no Projeto Manhattan , que serviu para desenvolver a primeira bomba atómica.
Samuel T. Cohen sempre defendeu a sua utilização, alegando que a bomba era a mais ética alguma vez inventada, permitido ao mundo permanecer intacto depois de uma guerra.
Lápis, papel e uma régua de cálculos foram os instrumentos que utilizou para desenhar a bomba de neutrões, que considerava “a arma mais saudável e moral jamais concebida”, segundo declarou em entrevista ao jornal “The New York Times”, pouco antes da sua morte.
Morreu convencido de que a sua invenção “é a única arma nuclear da história que faz com que tenha sentido fazer a guerra. Quando o conflito termina, o mundo segue intacto”.
Samuel T. Cohen faleceu na sua casa em Los Angeles, em 5 de Dezembro de 2010, aos 89 anos, duas semanas depois de se ter submetido a uma cirurgia, de cancro.
(Fonte: Maria Luiza Rolim (www.expresso.pt), Agências Memória – Quinta feira, 2 de Dezembro de 2010)